“A literatura nos transporta a outros lugares”

Abre aspas

“A literatura nos transporta a outros lugares”

Gabriela Ritt, 33, lançou neste ano, em parceria com a amiga Julia Amaral, o @pod_preferiaestarlendo. No podcast, elas falam sobre uma de suas maiores paixões: a leitura

“A literatura nos transporta a outros lugares”
(Foto: Arquivo pessoal)
Vale do Taquari

Como surgiu o projeto?
Eu já apresento um podcast, o “Bem Estilosas”, junto com minha sócia Letícia Menezes. Ele é voltado para moda e estilo pessoal. A Júlia Amaral e eu há tempo já trocávamos ideias sobre livros, já que é uma paixão em comum. Neste verão fomos conversando sobre o desejo de falar sobre nossas experiências literárias e o podcast virou uma alternativa interessante, já que nos dá a oportunidade de interagirmos sobre as obras numa conversa fluida.

Por que escolheram esse nome para o podcast?

“Preferia estar lendo” é uma frase recorrente nas nossas cabeças e acabou ficando como nome. No meu caso, como gosto muito de ler, é comum vir esse pensamento quando estou fazendo coisas meio chatas… sempre que eu puder optar, vou escolher ler! Aí pegou o nome.

Desde quando tu tens essa paixão pela leitura?

Nossa, desde criança! Eu adorava escutar historinhas e logo me tornei autossuficiente nesse quesito, aprendendo a ler cedo. Sempre gostei muito de histórias. Fui bastante incentivada pela minha mãe, que é professora de português. E depois fui fazendo as minhas próprias escolhas literárias. Sem dúvida, o acesso aos livros facilitou que eu tomasse gosto pela literatura. Tive bons professores, que reafirmaram esse gosto e cogitei cursar letras. Mas hoje sou feliz em ser uma leitora amadora.

Tu consideras a leitura importante na vida das pessoas?

Para mim, é de enorme importância. Na infância, ela estimula o sonho, a criatividade. E no resto da vida também. Penso que todo mundo merece um bom começo. Assim como temos direito à proteção, alimentação, e outras coisas, temos também o direito à imaginação. E a literatura nos permite imaginar. A literatura nos transporta a outros lugares, propicia descobertas e identificações. Considero que isso seja muito importante para a nossa constituição. Hoje, na pandemia, para mim ela é um alento. Nesse momento em que o nosso mundo ficou tão restrito, é como se a leitura nos oferecesse uma janela para o lado de fora.

Tens algum livro preferido?

Tenho vários, mas dois em especial: “O amor nos tempos do cólera”, de Gabriel García Márquez, e “O filho de mil homens”, de Valter Hugo Mãe. Os dois falam sobre o amor e escolhas, mas de uma maneira diferente. O amor nos tempos do cólera é um clássico da literatura latinoamericana e conta sobre o amor não vivido na juventude, que se transforma e se concretiza na velhice das personagens. Já O filho de Mil Homens fala sobre o sentimento daqueles que parece que o amor esqueceu. É muito bonito como o autor fala do acolhimento pela família que se forma a partir de escolhas. Recomendo que, quem for ler alguma dessas obras, não esqueça da caneta, já que ambos têm passagens lindas, e dos lencinhos, porque as lágrimas rolam mesmo!

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