Em nova decisão, Justiça suspende volta das aulas nesta segunda

AULAS PRESENCIAIS. SIM OU NÃO?

Em nova decisão, Justiça suspende volta das aulas nesta segunda

“Batalha jurídica” para retorno das aulas presenciais segue no domingo. Procuradoria-Geral do Estado já trabalha em petição para manter a retomada

Em nova decisão, Justiça suspende volta das aulas nesta segunda
Arquivo A Hora
Estado

A Juíza Cristina Luísa Marquesan da Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre decidiu, neste domingo, que permanece válida a decisão liminar que suspendeu as aulas presenciais nas escolas públicas e privadas do RS durante a bandeira preta, independentemente de eventual flexibilização de protocolos.

A manifestação da juíza ocorreu após peticionamento da Associação Mães e Pais pela Democracia (AMPD). A entidade pleiteou que o Estado fosse advertido com a máxima urgência pelo Judiciário para que cumprisse a decisão de suspensão das aulas presenciais.

Conforme a juíza, a decisão de suspensão das aulas presenciais, proferida em 28 de fevereiro continua válida, uma vez que ainda não foi modificada pelos recursos já interpostos.

“Como não houve a mudança de bandeira nesta semana, a medida liminar continua produzindo efeitos jurídicos – pelo menos até ser modificada por outra decisão judicial em grau de recurso e não por decreto do Chefe do Executivo Estadual, em respeito ao princípio da separação dos Poderes.”

Essa nova decisão coloca em dúvida a volta das aulas nesta segunda-feira. Entretanto, a Procuradoria-Geral do Estado começou a trabalhar na petição, ao Tribunal de Justiça (TJ), visando reverter a decisão da juíza titular.

A expectativa da PGE é a de obter êxito no recurso. Desdobramentos do caso ainda devem ocorrer neste domingo.

Decisões distintas em menos de 12 horas

Pela manhã, o juiz plantonista do Foro Central de Porto Alegre, Paulo Augusto Oliveira Irion, confirmou a validade do decreto do governo gaúcho que autoriza a retomada. A ação civil pública havia sido movida pela Associação Mães e Pais pela Democracia.

Pouco depois, a juíza titular do processo, Cristina Luisa Marquesan da Silva, emitiu decisão sustentando que o novo decreto do Piratini, que permitiu a retomada nas regiões que, pela cogestão, adotam a bandeira vermelha, não tornou sem efeito a liminar que está vedando a abertura das escolas.

O cenário de interpretações opostas gera caos e insegurança jurídica para o retorno ou não das aulas presenciais.

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