Durante a pandemia uma das principais dúvidas estava relacionada a prática de exercícios: “devo ou não fazer?”. Para esclarecer a questão, inúmeros estudos foram realizados neste período e comprovaram a importância da atividade física, não somente no isolamento, mas também todos os dias. Cada vez mais os profissionais da área da saúde recomendam a prática como proteção para o organismo.
No painel Conversa Franca de abril, a médica hematologista do CRON – Centro de Oncologia, Juliana Kratochvil, e a profissional de educação física, Fernanda Heineck, salientaram que os exercícios auxiliam pacientes onco-hematológicos em todos os estágios do tratamento.
Para Fernanda, hoje, o termo “restrição” de atividades físicas foi substituído por “estimulação”, afinal, todos os estudos têm demonstrado avanços significativos na qualidade de vida das pessoas, por meio dos exercícios.
A exemplo, para os pacientes que utilizam medicações em altas doses e que, por consequência, perdem a força, a musculação é uma das alternativas para que o indivíduo possa viver plenamente. “Eles descrevem dificuldade de levantar-se de uma cadeira, subir escadas… Por isso, exercícios básicos podem fazer muita diferença no dia a dia dos pacientes”, relata Juliana.
Segundo a médica hematologista, a atividade física pode ser encarada como manutensora da vida. Pessoas que tem o hábito de praticar atividades possuem menos dificuldades nos processos de reabilitação e melhores performances nos tratamentos. Até mesmo para os casos de Covid-19, o exercício faz toda a diferença.
“A aptidão física implica em melhores resultados ou menores chances de desenvolver os casos mais graves da doença. Estamos vendo que pacientes com complicações são aqueles considerados sedentários”, explica.
Adeus sedentarismo
Para uma pessoa ser considerada ativa, é necessário que ela pratique 150 minutos de atividades físicas na semana, ou 30 minutos diários. O ideal é que ela tenha uma rotina de exercícios completa, na qual envolva aeróbicos e práticas de força. Mas Fernanda destaca que o importante é se movimentar.
Hoje, na região do Vale do Taquari, uma prática que tem aumentado o número de adeptos é o ciclismo. De acordo com a profissional de educação física e a médica hematologista, a atividade é importante para o desenvolvimento cardiovascular, mas também é uma ótima alternativa para conhecer novos lugares e fazer amizades. Fato que auxilia no psicológico das pessoas.
“Acho que a questão principal é incentivar a pessoa a sair do sedentarismo, pois ele mata. A partir do momento que ela começa a se movimentar já é um ganho e tanto, independente da atividade que vai escolher”, afirma Fernanda.
Assista ao Conversa Franca
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