“Já conseguimos reduzir bastante a entrada de pacientes com dengue em nossas unidades de saúde. No momento que soubemos dos casos, já passamos a realizar ações de prevenção, visitando casas e orientando”. A afirmação é do prefeito de Bom Retiro do Sul, Edmilson Busatto, sobre os casos de dengue que estão sendo confirmados no município.
Em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta sexta-feira, 23, falou sobre o mutirão que está realizando para recolher móveis ou linha branca que são descartados para a população. “Antes tínhamos um dia específico, agora estamos fazendo sempre para evitar qualquer nova contaminação”, diz.
De acordo com ele, não há suspeita de como o mosquito se proliferou no município. Levando em conta que em dezembro de 2020 foram feitas coletas e nada foi encontrado. “Agora aumentamos o trabalho preventivo e prático, entrando nas propriedades e fazendo a limpeza”, comenta.
Uma equipe do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) está auxiliando, desde o dia 19 de abril, na pulverização. “Apenas 20% dos problemas estão fora das propriedades”, pontua.
Há 69 casos confirmados via exames do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado o Rio Grande do Sul (Lacen) e outros 112 por meio de exames particulares, o que contabiliza 181. “Para 13 mil habitantes esse número é alto, mas importante dizer que a metade já se recuperou”, enfatiza. O prefeito lamenta a morte de uma moradora por dengue hemorrágica.
Hoje, quando um terreno está sujo, a administração faz a limpeza e o proprietário é cobrado, sendo que a pendência fica em dívida ativa. Estuda-se a possibilidade de alterar esse código de posturas, para que esse pagamento ocorra no máximo em 60 dias.
Busatto comenta que talvez todos estivessem muitos focados na covid-19 e acabaram esquecendo de realizar ações mais pontuais. “A orientação sempre existiu, mas as últimas coletas foram feitas em dezembro para se buscar algum indício. Acredito que não houve negligência. Nos últimos meses eu até reclamei da falta de ações específicas, mas sempre se esteve tudo bem e do nada tínhamos a dengue”, pondera.
Ouça a entrevista na íntegra