“Se a opinião ofende, ameaça, atenta a vida de alguém ou é preconceituosa, esta precisa ser denunciada”. A afirmação é da delegada aposentada e professora universitária, Elisabete Müller, durante participação no programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, desta terça-feira, 20. Em seu comentário semanal, analisou a intolerância e os excessos nas redes sociais.
Conforme Elisabete, muitas pessoas estão dentro daquilo que ela define como “caverna”: as redes sociais e grupos de WhatsApp. “Recebem notícias falsas e criam uma compreensão errada sobre as coisas. O contraponto não existe”, sublinha.
Para a professora, parte da população não busca por informações em veículos de comunicação confiáveis e sites seguros, pois “estão atrás de algo que reforça aquilo que elas pensam”. “Uma total ignorância. Não se dão conta de que seus pensamentos estão equivocados”, aponta.
A delegada aposentada ressalta a importância da imprensa dentro do Estado democrático de direito. De acordo com ela, os jornalistas possuem uma responsabilidade por trás da publicação de notícias, pois estudam para isso. “O cuidado é preciso ter, tanto no que recebemos quanto no que encaminhamos. Por que não checar antes?”, questiona.
Outro assunto abordado foi a intolerância que as pessoas têm em receber opiniões contrárias às suas. Segundo a comentarista, quem pensa diferente nestes casos é considerado inimigo. “Demonstram um nojo por quem é diferente”, afirma.
Elisabete analisa que a população atualmente deleta amizades antigas, anula histórias de vida e “cancela” as pessoas. Para ela, deixam de aprender sobre o respeito, pluralidade e o “ser diferente”.
Ouça o comentário de Elisabete Müller na íntegra: