Estrias: Marcas da evolução

Saúde

Estrias: Marcas da evolução

Cicatrizes dividem opiniões e mexem com a autoestima, mas especialista afirma ser possível tratá-las

Estrias: Marcas da evolução

Engana-se quem pensa que as estrias são exclusividade do universo feminino. As famosas marquinhas da pele são mais comuns do que muitas pessoas imaginam e podem acometer homens e mulheres, de todas faixas etárias.

O fato é que elas dividem opiniões. Enquanto uns aceitam as cicatrizes com facilidade e as exibem sem medo, outras pessoas se incomodam e sentem-se inseguras com o próprio corpo, o que pode afetar a rotina e socialização.

As estrias na região do abdômen incomodavam Judiceia Conceição Maria, 38. Após a gravidez e o aumento de peso repentino, a auxiliar de padaria notou que as marcas no corpo estavam cada vez mais evidentes. “Não consegui aceitar este fato muito bem, por isso procurei ajuda”, conta.

Entre as alternativas encontradas para amenizar o incômodo, Judiceia optou pela carboxiterapia, um tratamento estético que consiste na aplicação de injeções de gás carbônico medicinal nos tecidos da pele, em sessões de 30 minutos. “O procedimento não é muito agradável, mas o resultado é excelente. Vale a pena cada agulhada”.

Segundo a biomédica esteta da EmagreSee, Camile Wunsch, as estrias são lesões que parecem cicatrizes e ocorrem devido a distensão da pele. “É quando as fibras elásticas e de colágeno, que dão firmeza a pele, são rompidas”, explica. Com tratamentos como a carboxiterapia é possível suavizar a região afetada.

Normalmente, o desenvolvimento das estrias está relacionado ao emagrecimento ou ganho de peso em excesso e repentino. Mas as marcas também são comuns durante a gestação, na fase de crescimento (adolescência), quando há excesso de musculação e por fatores genéticos.

As estrias podem ter três cores. As vermelhas ou roxas caracterizam lesões mais recentes, já as brancas são marcas antigas e de difícil remoção. “Podemos sim tentar prevenir o surgimento de estrias, através do controle de peso, usar hidratantes de boa qualidade e óleos corporais, bem como beber bastante água”, ressalta Camile.

A biomédica explica que os primeiros sinais das lesões aparecem em tons rosados, ou mesmo na cor da pele. Elas podem ser deprimidas ou um pouco elevadas e, na fase mais avançada, se apresentam brancas, com espessura e largura variáveis.

Apesar de serem mais frequentes em mulheres, os homens também as desenvolvem, principalmente após o estirão do crescimento. É comum que as marcas se fixem, principalmente, nas costas e braços. Para aqueles que praticam muitos exercícios, em que há hipertrofia muscular, elas também podem ser vistas nos ombros e pernas.

De modo geral, independente do gênero, as estrias atingem principalmente as regiões de glúteo, coxas, abdômen e costas. Mas isso não impede que elas se desenvolvam em qualquer lugar do corpo, inclusive no rosto.

 

Os tratamentos de estrias

Camile revela que as estrias não causam dano a saúde especificamente, mas podem afetar o emocional, pois mexem com a autoestima. Existem vários procedimentos para as marquinhas, mas é importante destacar que elas não somem, são tratadas e diminuídas.

“Quanto antes procurar o tratamento, mais fácil de remover e melhor será o resultado”.
Entre os procedimentos, são indicadas as práticas de carboxiterapia, radiofrequência, sangria, enzimas e

microagulhamento. A biomédica explica que ambos estimulam a produção de novas fibras elásticas e de colágeno. “Na EmagreSee cada paciente é avaliado individualmente, de acordo com seu caso. A partir disso, o tratamento adequado é selecionado”.

Para Judiceia, cliente da EmagreSee, os procedimentos fizeram toda a diferença no seu processo de aceitação. “Estou me amando e há muito tempo isto não acontecia. Fui recebida com muito carinho e atenção lá, o que melhorou minha autoestima”, afirma.

 

Aceitação

Assim como existem pessoas que se incomodam com as marquinhas no corpo, há quem não se importe com elas e as têm como representação da evolução.

O eletricista William Prediguer, 27, conta que nunca encarou as estrias como um problema. Após passar por mudanças físicas, em que perdeu mais de 40 kg, as cicatrizes ficaram evidentes na barriga. “Tenho-as como parte da minha história, então não me incomodam”.

Questionado sobre a possibilidade de remover as marcas, Prediguer afirma que nunca pensou em fazer procedimentos estéticos. Para ele, as marcas são naturais e as pessoas não devem ter vergonha de assumi-las. “Representam uma fase que, provavelmente, te fez mais forte. Seja grato por tudo que aconteceu e está com você”.

Da mesma forma, a professora Lisiane Diehl, 48, enxerga as suas estrias. Ela lembra que, desde os 15 anos percebe as marcas na parte interna da coxa e na região dos glúteos. “Elas fazem parte do meu corpo. Às vezes até incomodam, mas isso não me impede de tomar banho de sol, ir a piscina ou frequentar algum lugar”, afirma.

Para Lisiane, as estrias podem até afetar a autoestima de algumas pessoas, mas ela acredita que o amor-próprio tem muitos outros motivadores. “Você pode estar com o corpo perfeito e não ter uma autoestima maravilhosa. Em compensação, pode estar acima do peso, ter as marcas e estar bem. É uma questão de se reconhecer e gostar de como você está”.

Independente da escolha de fazer procedimentos para remoção das estrias ou aprender a conviver com elas, William e Lisiane acreditam que cada pessoa deve fazer o que se sente melhor. Além disso, ter um ciclo de amizades que aceite as suas diferenças, também é essencial para a autoestima de cada um.

Acompanhe
nossas
redes sociais