Um estudo realizado pela Secretaria Municipal de Saúde aponta que a utilização do chamado kit Covid, que inclui medicamentos diversos, ajudou na redução de internações e óbitos de pacientes contaminados pela doença em Lajeado. A compilação de dados foi finalizada na quarta-feira e divulgada ontem pela pasta.
O levantamento foi realizado entre 17 de fevereiro e 1º de abril, considerado o período mais crítico desde o começo da pandemia. Ao todo, foram analisados 176 pacientes, que foram divididos em dois grupos: os que foram submetidos ao tratamento precoce completo e os que receberam a prescrição de apenas dois: Hidroxicloroquina e Ivermectina.
Entre a população atendida e que adotou o tratamento precoce, o percentual de internação foi de 1,1%, 6,7 vezes menor em relação ao percentual da população em geral que teve diagnóstico positivo de covid-19 no mesmo período e consultou as redes pública e privada de saúde, cujo percentual foi de 7,4%.
Pela mesma perspectiva, o percentual de óbitos de pacientes que utilizaram o kit Covid também é menor: 0,6%, 2,3 vezes menor em relação à população geral (1,4%). Apenas um paciente acabou falecendo entre os casos analisados. Trata-se de um homem de 64 anos, hipertenso, que teve os primeiros sintomas em 24 de fevereiro e que ficou 16 dias internado no HBB.
No mesmo período, Lajeado teve 3.502 casos confirmados, 259 internações pela doença e 50 óbitos. Conforme o estudo, utilizando o percentual encontrado nos pacientes que receberam o tratamento precoce e aplicando na população geral diagnosticada, as internações reduziriam em 85% e os óbitos, em 58%.
Objetivos
Participaram do estudo o secretário de Saúde, Cláudio Klein, além de outros profissionais da pasta: Bruna Fernanda Schwingel, Nilse Lavall Gemelli e Viviane Griesang.
Conforme Klein, o objetivo do trabalho era de verificar o que ocorreu com os pacientes que consultaram no Posto de Saúde e realizaram o tratamento com os medicamentos do kit-covid. “Como não foi um trabalho prospectivo, e sim um levantamento de dados, ele tem limitações. Não é um trabalho científico. Mas foi um bom estudo”, salienta.
Quanto ao cruzamento de dados, embora não fosse o objetivo inicial, Klein achou válido incluir comparações. “Foi uma tentativa de dar uma visão do que poderia ter acontecido. E entre os pacientes que utilizaram o tratamento, tivemos apenas um óbito e duas internações. O restante se recuperou sem problemas”, comenta.
