Houve um aumento nos casos de ataques cibernéticos desde agosto do ano passado. No entanto, essa elevação não está relacionada com a pandemia, mas sim a validação da Lei Geral de Proteção de Dados. O diretor de TI da Olicenter, Gerson Fell, participou de entrevista no programa A Hora Bom Dia, da Rádio A Hora 102.9, para falar sobre o assunto nesta quinta-feira, 15.
“É comum o duplo sequestro de dados, onde cobram pela devolução e caso a empresa tenha backup que consegue garantir todos os dados, eles cobram pelo sigilo também”, comenta. Além do ataques realizados contra grandes instituições, como a Serasa, empresas de Lajeado e da região do Vale do Taquari também sofrem com esse crime.
Em cálculo realizado entre janeiro e fevereiro, Fell conta que pelo menos 12% dos clientes da Olicenter haviam sido atacados. Na semana passada, uma empresa do ramo de imóveis foi invadida em Lajeado. “Eles trabalharam das 5h às 5h20min e conseguiram criptografar todos os arquivos e derrubar todas as barreiras de proteção”, complementa.
Fell explica que não há como saber de onde esses ataques são realizados porque são descentralizados, ou seja, há servidores em todo o mundo. “Assim como nós criamos táticas para a segurança, os cibercriminosos também se aprimoram”, pontua. No caso da empresa que foi invadida em Lajeado, foi possível recuperar os dados, no entanto, os criminosos pediram um resgate de 0,252 bitcoins.
Outro caso atendido pela empresa de tecnologia está relacionado com uma empresa da Encantado que, em 2019, pagou R$ 30 mil para ter seus dados de volta.
Para evitar, Fell diz que é preciso manter os sistemas atualizados e os backups físicos e na nuvem em dia. A empresa também elabora uma cartilha com orientação sobre o assunto para distribuição entre os clientes.
Ouça a entrevista na íntegra