“A confeitaria, para mim, é uma terapia”

ABRE ASPAS

“A confeitaria, para mim, é uma terapia”

Moradora de Arroio do Meio, Bruna Aline Zimmermann, 24, atua como manicure mas, em meio à pandemia, encontrou na confeitaria uma forma de seguir garantindo a renda e colocar em prática uma antiga paixão.

“A confeitaria, para mim, é uma terapia”
Vale do Taquari

Você é do ramo da beleza. Como ingressou nessa área?
Atuo há sete anos como manicure. Iniciei no ramo por acaso, por não estar satisfeita com o local onde trabalhava na época. Me inscrevi para fazer o curso de manicure e iniciei aos poucos, com a ajuda e incentivo dos meus pais. Comprei os primeiros materiais, comecei a divulgar na vizinhança, até formar uma clientela bacana. Depois fui convidada para trabalhar em um salão conceituado em Lajeado. Com o tempo, voltei para os atendimentos em Arroio do Meio, em outro salão. Mas ano passado tive que sair por conta de aluguel e pela pandemia. Foi aí que resolvi abrir meu próprio espaço de atendimento. Reformei uma pequena sala na casa da minha sogra e iniciei ali, porque era mais viável, já que não precisava pagar aluguéis, etc.

O quanto a pandemia dificultou o teu serviço?
Há mais ou menos um mês, obtive o resultado positivo para a covid-19, junto com o fechamento do meu espaço. Uma semana após o diagnóstico, meu pai positivou e foi internado. Logo após a notícia de que todos os serviços “não essenciais “ deveriam fechar, entrei em prantos e me desesperei. Fiquei dias e dias sem dormir pensando em como poderia mudar a minha situação.

Antes da pandemia, você já tinha apreço pela culinária ou essa foi a forma encontrada para renda extra?
Antes da pandemia eu já fazia alguns doces entre os meus atendimentos como manicure, porém fazia mais bolos. Hoje meu carro-chefe são cookies e brownies recheados. Antes era algo como um extra, atualmente está ajudando a complementar minha renda.

Ramo da beleza e culinária: duas áreas totalmente diferentes. Quais os maiores desafios e quais os pontos positivos?
Os dois ramos têm todo meu amor. Tanto a confeiteira como ser manicure. Meu sonho sempre foi ser confeiteira. O meu maior desafio creio que ainda seja o reconhecimento, porque muitos ainda não dão abertura para provar meu produto. Mas o “não” eu já tenho e corro, a cada dia que passa, atrás do “sim”. O ponto positivo de ambos é que consigo conciliar os meus atendimentos como manicure, com o processo de fazer os doces. Consigo mostrar dois trabalhos em um atendimento. Dando meu melhor nas unhas e dando uma provinha do meu produto para uma possível cliente dos doces.

Mesmo em meio às dificuldades, o que te motivou a continuar?
O que me motiva muito hoje é o exemplo da minha mãe, que sempre me mostrou que não posso desistir. Ela sempre batalhou e deu o seu melhor. Sempre esteve aqui, me auxiliou e me incentivou e também meu noivo, que sempre segurou minha mão e entrou nas minhas loucuras.

Pretende continuar na culinária após a pandemia?
Pretendo continuar sim, quero desenvolver uma marca única. A confeitaria, para mim, é uma terapia. Consigo me acalmar, desenvolver muita coisa na minha cabeça e tirar o estresse. Tenho muitos sonhos e projetos ainda por vir, devagarinho chego lá.

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