“Quanto mais as escolas ficarem fechadas, maiores serão os impactos”

RETOMADA DAS AULAS

“Quanto mais as escolas ficarem fechadas, maiores serão os impactos”

Coordenador de projetos do movimento “Todos pela Educação” participou de entrevista no programa Frente e Verso e destacou sobre os principais efeitos gerados com a suspensão das aulas

“Quanto mais as escolas ficarem fechadas, maiores serão os impactos”
(Foto: Divulgação)
Brasil

As escolas fechadas ao longo da pandemia devem originar, de acordo com o coordenador de projetos do movimento “Todos pela Educação”, Ivan Gontijo, três principais impactos: a queda na aprendizagem; aumento da desigualdade e abandono da sala de aula. Em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, defendeu que as escolas deveriam de ser as últimas a fechar e as primeiras a reabrir.

“Viemos de um ano muito desafiador para a educação básica, nunca tínhamos vivido o fechamento das escolas e o que teve foi a migração para o ensino remoto, alterativa que trouxe uma série de dificuldades”, comenta. Conforme ele, pesquisas mostram que o aprendizado dos alunos é menor de forma remota.

Estudo feito na Bélgica e Holanda, com alunos antes e depois do fechamento das escolas, aponta que os impactos na aprendizagem são gigantes. “Dois países com condições socioeconômicas diferentes, onde os alunos tiveram acesso ao ensino remoto. No Brasil, a gente tem dois grandes problemas com relação a isso: estratégias de ensino remoto são frágeis, a tecnologia ainda não havia sido inserida no sistema educacional, professores não tinham formação para isso e o que ensino remoto não chegou para todos”, explica.

Os maiores prejudicados com o ensino remoto, segundo Gontijo, são aqueles que apresentam menos condições econômicas. “A escola é muito mais que ensinar os conteúdos que estão no currículo”, enfatiza.

Durante a entrevista, trouxe dados a respeito de uma pesquisa feita pela Folha de São Paulo que aponta que 77% de pais entrevistados relataram que filhos se sentem ansiosos e desanimados. “É uma geração toda afetada pela pandemia e isso deve ter consequências futuras”, reforça.

Ouça a entrevista na íntegra

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