Esperança. Essa palavra traduz a mensagem dos religiosos nesta Páscoa. Foi por este pressuposto em que o Papa Francisco falou aos fieis nesta Semana Santa.
Indiferentemente da crença, o momento crítico na história da humanidade exige reflexão. Há quem encontre na fé a força para superar as dificuldades. Junto com isso, não se pode perder de foco o comportamento e a responsabilidade de cada um.
Na edição de hoje, A Hora traz uma reportagem com as diferentes visões sobre a Páscoa. Na base do catolicismo e do luteranismo está os ensinamentos de amar, servir e respeitar. Conceitos também vistos em outras religiões.
Na interpretação do Alcorão, livro sagrado do Islamismo, se fundamenta o ensinamento de que este é um mundo de aprendizagem, em que nossas boas ações nos aproximam de Deus, de Allah.
No Torá, está a história do povo judeu escravizado pelos egípcios, que após 400 anos de repressão, percorreu o deserto por mais 40 anos até encontrar mais do que a liberdade física, mas também a própria espirutualidade.
Ainda que partam de interpretações distintas e tragam inclusive pontos de desavenças entre os povos, essas leituras de mundo ajudam a compreender diferenças, mas, acima disso os pontos em comum.
Nesta pandemia, frente a tanta dor, tantas perdas, a religião tem um papel importante. De trazer conforto, de ser um escape para a saúde mental e, acima de tudo, a vitória da vida sobre a morte.
Uma perspectiva importante, pois a doença que traz tanto impacto para a vida se mostrou traiçoeira e com o mínimo relaxamento houve consequências. Foi pensar que o pior tinha ficado para trás, que a covid-19 deixou o mundo em alerta de novo.
Para o Vale do Taquari, que havia conseguido conseguiu durante todo o ano passado se estruturar e garantir o atendimento de todos, viver essa alta dos contágios é um trauma.
Nas religiões milenares, complexas e com tantas transformações, se sustenta o princípio da vida. De que as condutas e ações demarcam a existência de cada um e interferem sobre o coletivo.