Fotografias, documentos e objetos históricos que contam a história de Taquari farão parte de um memorial que está sendo idealizado pela comissão de cultura do município para o Museu Casa Costa e Silva. A ideia integra o projeto de reforma do patrimônio histórico que aguarda autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para iniciar as obras.
O museu foi fechado há cerca de dois anos, devido a um problema no telhado, que permitia a entrada da água da chuva na casa. Por um tempo o espaço abrigou a Biblioteca Pública Municipal que hoje tem sede na Rua Sete de Setembro.
Por ser patrimônio do IPHAN, o termo de uso e concessão do museu deve ser renovado a cada cinco anos. O pedido de renovação já foi enviado no início deste ano, junto com o projeto de reforma do telhado e calha e, mais tarde, parte interna, esquadrias e pintura.A Coor
denadora de Cultura e Turismo do município, Sabrina Pereira de Freitas, acredita que o processo deve levar alguns meses, mas aposta na execução dos serviços bem feitos pelos profissionais da construção civil.
Memorial Taquariense
Enquanto isso, outro projeto está saindo do papel. Um memorial taquariense que pretende contar a história do município através de fotos, documentos e objetos históricos e que também farão parte do museu.
“Esperamos reabrir o Museu até o fim do ano ou no início do próximo, com a proposta do memorial concluído, organizado pela coordenadoria da cultura do município e auxiliado pela própria comunidade. A ideia é formar um comitê para dar andamento ao projeto”, afirma Sabrina.
Segundo a coordenadora, o memorial contará a história de Taquari de forma cronológica, iniciando pelos nativos destas terras, passando pelos povoadores açorianos, além dos importantes marcos que construíram o desenvolvimento do município, a exemplo da navegação Arnt. Além disso, serão coletadas informações, imagens e objetos de personagens que marcaram a história regional, estadual e nacional, levando o nome de Taquari. Um exemplo é o cantor e compositor Eraci Rocha.
Sobre a ocupação dos espaços: “A casa, como toda a construção da época, possui um corredor no meio que recebe as aberturas dos quartos. A ideia é ocupá-los com os memoriais. Também será utilizado o subsolo e o sótão”, informa Sabrina.
O museu já possui um cômodo ocupado pela Sala Açoriana, outro com móveis e utensílios da família do ex-presidente Artur da Costa e Silva, que nasceu e morou no local até seus 11 anos, aproximadamente, bem como documentos e objetos pessoais. O acervo também conta com materiais da Rádio Açoriana e do Jornal O Taquaryense.
A ideia é que o memorial seja composto por acervo físico e documentos e imagens digitalizados, podendo ser exibido em telas digitais interativas. “Muitas pessoas não querem se desfazer das fotos e documentos que guardam como relíquia, por isso teremos a opção de digitaliza-los”, explica Sabrina.
Um dos primeiros memoriais criado e já concretizado foi mobilizado pelos ex-alunos do Colégio Nossa Senhora da Conceição – Memorial Conceição, com o primeiro quadro de formandos do ano 1954, objetos históricos e uniformes. O acervo também fará parte do museu.
