“É fantasia achar que os pequenos negócios sobrevivem na internet”

Reflexo da pandemia

“É fantasia achar que os pequenos negócios sobrevivem na internet”

Vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes, participou do programa A Hora Bom Dia na manhã desta terça-feira para falar sobre estudo que revela mulheres e profissionais acima de 50 anos como os mais impactados pelo desemprego

“É fantasia achar que os pequenos negócios sobrevivem na internet”
(Foto: Divulgação/Leonardo Contursi / CMPA)
Estado

Porto Alegre realizou um estudo que mostra quais são os públicos mais afetados pelo desemprego na pandemia. Em entrevista ao programa A Hora Bom Dia, da Rádio A Hora 102.9, desta terça-feira, 30, o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Econômico da Capital, Ricardo Gomes, explicou que o raio x apontou que pessoas sem ensino superior são as mais atingidas.

Além disso, estudo aponta que mulheres negras, seguidas pelas brancas, homens negros e brancos também integram o grupo dos mais afetados. “Justamente as ideologias que sempre se apresentam defensoras das mulheres negras, essas são as mesmas ideologias do fecha tudo e estão prejudicando esse grupo”, comenta Gomes.

Os dados também mostram que mulheres são as mais afetadas, assim como aqueles que tem ensino médio completo, fundamental completo e incompleto e trabalhadores que não tem a formação superior. “São 17 mil empregos formais em Porto Alegre. Se somarmos isso com os informais, foram quase 80 mil pessoas desempregadas. Isso lota os dois estádios Beira Rio e Arena e ainda gera fila. Esse é o tamanho do impacto da pandemia na cidade”, pontua.

Pessoas na faixa etária dos 50 na 60 anos também são lesados pela pandemia. “Por isso lutamos tanto para abrir o comércio. Porto Alegre tem uma economia que depende do setor de comércio e serviços, não temos indústrias aqui. Tenho certeza que Lajeado, por ser uma cidade centro urbano tem características parecidas.”

Gomes ainda destaca que, segundo levantamento do Sebrae, que 47% dos micro e pequenos empresários conseguiram sobreviver no ano passado em meio à pandemia. Outros 30% não conseguiram criar um canal digital para fazer a venda. “É fantasia achar que os pequenos negócios sobrevivem na internet”, ressalta.

Ouça a entrevista na íntegra

Acompanhe
nossas
redes sociais