O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, destacou na manhã desta segunda-feira, 29, em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, que o lockdown não é uma boa alternativa no momento. “O lockdown é uma burrice”, disse.
Conforme ele, o método não pode mais ser utilizado nesse patamar em que a doença está disseminada. “Estou combatendo o lockdown e defendendo o distanciamento social. Esse negócio de travar tudo, fechar tudo são coisas de pequenos reis em municípios e estados brasileiros, onde manda a guarda municipal bater em cidadão que quer trabalhar, isso é absurdo. Em vez de concentrar em um horário por que não abrir o dia todo? Deixa as pessoas trabalhar, mas faz a proteção, os cuidados e estrutura os hospitais”, pontua.
Questionado sobre um vídeo que circula, onde fala sobre a ineficiência do lockdown porque animais podem transportar a covid-19, Lorenzoni explica que pesquisa desenvolvida por chineses mostra que morcego transportou o vírus até o homem e que o morcego usou um vetor, ainda não descoberto. “A pessoa contraiu o vírus faz quatro dias, ela pode ainda não ter sintomas, mas ela já tem o vírus. Essa pessoa tosse ou espirra na rua, tem coriza inicial. Ela tira a máscara, enche a boca de saliva e cuspe. Vem um passarinho e não sabe disso, pousa sobre essa gotícula e bate asas, pousando na janela da dona Maria e o vento leva o vírus para dentro de casa”, exemplifica o ministro sobre o quanto o lockdown era importante apenas quando o vírus não estava disseminado.
Em função disso, volta a destacar a necessidade do afastamento social e do tratamento precoce. “Estatísticas mostram que pessoas que deitam na cama do hospital, 40% tem chance de óbito, aqueles que chegam na ventilação mecânica é 60% e os que vão para UTI tem 80% de chance de ir a óbito”, comenta.
De acordo com o Lorenzoni, o problema das drogas usadas no tratamento precoce é que elas são muito baratas e acessíveis ao público. “Os medicamentos não podem mais ser patenteados, não justificam mais o grande investimento em pesquisa científica, não pagam promoção pessoal, eventos e seminários para líderes de associações médicas”, sugere.
Ouça a entrevista do ministro na íntegra