Em entrevista ao programa A Hora Bom Dia, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta sexta-feira, 26, o presidente do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe RS), Bruno Eizerik, destacou a importância da retomada das aulas. “Independente de termos cogestão, independente de educação ser essencial, as escolas não podem abrir e isso nos deixa tristes.”
Segundo Eizerik, com base em dados de pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), nunca se teve tantas crianças e adolescentes buscando ajuda psicológica. “Escola fechada não é apenas aula, é desenvolvimento socioafetivo”, complementa.
Mesmo que exista a lei estadual que reconhece educação infantil e primeiros anos do ensino fundamental como atividades essenciais, o presidente do Sinepe garante que será necessário entrar para o embate judicial. “É difícil explicar para as famílias como que o Tribunal de Justiça do RS entende que o governador decide se abre ou não a escola. Esse mesmo tribunal diz que quem abre ou não é o judiciário, nos preocupa as escolas fechadas”, complementa.
Ele lembra que o único local, no mundo, onde as escolas estão fechadas é no Brasil. “Estamos com o comércio e indústria funcionando, mas a escola está fechada”, lamenta.
Além disso, o Sinepe está encabeçando uma campanha para a vacinação antecipada dos professora. “Isso não é uma condição para abrir a escola, mas vai deixar o ambiente ainda mais seguro do que já é.”
A expectativa de Eizerik é que na próxima semana se possa ter novidades sobre a abertura das escolas para que os alunos possam voltar com segurança. “Vamos atrás de caçar essa liminar que suspendeu as aulas e mostrar que precisa educação e escola.”
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