Antes mesmo de assumir o Executivo gaúcho, o governador Eduardo Leite havia prometido: a EGR será extinta. Aos poucos, o plano de concessões começa a ser posto em prática. O tempo previsto para esses projetos correm diferente do esperado pela população.
Agora há uma nova etapa para ser cumprida. O estudo de viabilidade econômica está na última fase. Conforme a Secretaria Extraordinária de Parcerias, na segunda semana de abril será conhecida a modelagem do novo sistema de pedágios para o Estado e para o Vale do Taquari.
As três rodovias, 453, 130 e 129, hoje sobre responsabilidade da EGR e do Daer, serão concedidas à iniciativa privada. Dos mais de 400 quilômetros de estradas, soma-se mais trechos de Carazinho, Passo Fundo e Santa Cruz do Sul. Neste bloco, estão previstos investimentos acima dos R$ 4 bilhões.
Construção de mais pistas, duplicações, viadutos e até pontes podem entrar nesse plano. Em um momento em que líderes regionais debatem a necessidade de alternativas viárias para a região, conhecer as possibilidades de investimento podem contribuir na busca por soluções.
Ainda assim, há etapas para cumprir. Nenhuma obra de infraestrutura viária pode ser feita sem um aprofundado estudo dos impactos no fluxo entre as cidades, com uma previsão de arrecadação em cada praça de pedágio.
O ideal seria não haver as cobranças, afinal a população já cumpre com suas obrigações, com alta carga tributária. O IPVA e a CIDE foram criados para custear as reformas nas estradas. Em meio à desregulação das contas públicas, se tornaram reforço para o custeio da própria máquina.
O exemplo mais latente é o IPVA. Um imposto que fica dividido entre Estado e municípios. Na divisão do bolo, esse recurso entra no caixa do Piratini para ajudar no pagamento dos salários do funcionalismo.
No malabarismo das finanças públicas, o pedágio se tornou um mal necessário. O que não se pode aceitar é pagar uma tarifa e não receber a contrapartida. Como nos contratos feitos na década de 90. Também não está no modelo comunitário a resolução dos problemas viários, vide o legado deixado pela EGR.Pelo
cronograma do Estado, em dezembro está previsto o leilão de concessão. Até lá, a região terá a missão de auxiliar na formulação do edital, das prioridades em termos de obras, de investimentos e melhorias. Algo muito parecido com o que ocorreu no processo que culminou com a concessão da BR-386 para a CCR Viasul.