Desde o acidente fatal que vitimou um caminhoneiro na BR-386 no dia 13 deste mês, o Vale do Taquari convive com um novo gargalo de graves implicações. A interrupção de uma das pontes sobre o arroio Forqueta, entre Lajeado e Estrela, testam a paciência dos usuários da rodovia e geram prejuízos logísticos incalculáveis.
Os motoristas são forçados agora a enfrentar engarrafamentos diários para atravessar um trecho que antes duravam poucos minutos. Além dos transtornos para a mobilidade intermunicipal dentro da região, a lentidão impacta de forma significativa toda a economia, desde o ramo dos transportes até os setores produtivos. Num cenário que já adverso devido à pandemia, um novo ingrediente surge e desafia a capacidade dos líderes regionais.
A situação caótica instaurada em uma das principais estradas federais do estado reacende um antigo debate sobre a necessidade de pontes alternativas, para reduzir a dependência que o Vale tem da única travessia existente hoje. O tema é debatido pelo menos desde a década de 1970, mas desde então nunca se conseguiu avançar.
Agora, surgem o motivo e a justificativa que faltavam para que enfim esta pauta possa progredir. Os últimos dias têm sido de intensas articulações e tratativas entre autoridades políticas e líderes empresariais. A situação é insustentável e a perspectiva de que a ponte danificada possa receber trânsito novamente entre quatro e seis meses é desanimadora.
Consiste em uma situação insuportável por tanto tempo. À medida que surgem diversas ideias e planos de novas pontes pela região, cresce a pressão sobre a CCR para que encurte o período da obra de reparo da estrutura atingida pela explosão. Contudo, mesmo que este pleito tenha êxito, trata-se do momento oportuno de fazer avançar a pauta sobre a importância de novas travessias.