Em busca de ter suas demandas atendidas, proprietários de bares e restaurantes de Lajeado participaram de duas reuniões durante esta quarta-feira, 24. Uma delas com a administração municipal, e a outra com o Ministério Público.
A principal reivindicação dos estabelecimentos é a flexibilização dos horários na parte da noite, com funcionamento cozinha e copa até às 22h e fechamento dos estabelecimentos às 23h. Hoje, o permitido é atendimento até às 18h, com entrada de clientes até às 17h. De acordo com Wagner Kober, muitos estabelecimentos dependem do período noturno.
“Iniciamos as operações às 17h… Por isso queremos de três a quatro horas a mais de trabalho. Só queremos o mínimo. Não queremos casas lotadas, isso não passa na nossa cabeça. Mas sabemos que temos condições de trabalharmos com segurança”, defende Kober.
Para o empresário, os profissionais do setor querem ter o direito de trabalhar para conseguirem manter os empregos dos funcionários, e também pagar as contas.
“O que precisa ficar claro para as autoridades, principalmente as estaduais, é que precisamos, sim, salvar as vidas de quem pega a doença, mas também de quem está aqui fora. Não podemos esquecer disso. Estamos cobrando coerência nas decisões. Trabalho é um dos pilares que mantém a nossa dignidade”, complementa.
Reunião com o prefeito
Na manhã de ontem, 24, representantes do grupo se reuniram com o governo municipal. O encontro foi convocado pelo prefeito Marcelo Caumo, depois de uma primeira reunião que aconteceu na segunda-feira, com todos os representantes do setor que apoiam a causa.
“O prefeito se mostrou solidário à nossa causa. Mas, segundo ele, o governo municipal não pode deixar de cumprir as leis. Eles querem esperar até 4 de abril, quando sai o próximo decreto, para então tentar alguma coisa. Mas o Caumo se dispôs a entrar em contato com a prefeitura de Porto Alegre para tentarem traçar algumas medidas em conjunto. Mas nada antes do dia 4 de abril” explica Paulo Roberto Schöller, vice-presidente do Sindicato de Hotéis, Motéis, Restaurantes e Bares do Vale do Taquari (Sindavat).
Reunião com o MP
Depois dessa primeira reunião, foi a vez dos representantes se reunirem no Ministério Público. Ainda de acordo com Schöller, o encontro foi para “apaziguar os ânimos”.
“Pediram que a gente não faça nenhum tipo de ação de abrir os estabelecimentos fora do horário permitido, ou algo nesse sentido. Isso porque eles estão embasados por decretos. Ou seja, vão ter que fazer vistorias e punições pertinentes ao que diz a legislação”.
Diante dos posicionamentos do governo de Lajeado e do MP, o grupo de proprietários de bares e restaurantes vai novamente reunir todos os seus integrantes para definirem uma posição.