Empresários e lojistas se mobilizam para retomar as atividades da Associação Comercial e Industrial de Cruzeiro do Sul (Acics), desativada há cerca de dois anos, quando o então presidente deixou de residir no município.
A ideia é que a entidade e o governo municipal alinhem novas parcerias para a realização de promoções que incentivem a compra no comércio local, bastante afetado nas últimas semanas com as restrições impostas pela bandeira preta e a suspensão da cogestão. Também estruturem eventos para estimular a integração com a comunidade, assim que os protocolos permitirem.
Uma das responsáveis pelo movimento, Flávia Teresinha Weissheimer sentiu a falta de uma entidade que auxiliasse o setor quando abriu sua empresa na cidade. Por isso, tomou a frente. “Com essa questão de fechamento do comércio, não tínhamos quem nos representasse. Lajeado tem a CDL, o Sindilojas. Em Cruzeiro do Sul não tem ninguém por nós”, ressalta.
Conforme Flávia, os comerciantes estão empolgados com a possibilidade de retomada, mas ainda há alguns trâmites a serem resolvidos. As empresas também são questionadas constantemente por clientes sobre a retomada das campanhas e sorteio de prêmios.
“Ficou muito tempo parada. Temos que fazer uma assembleia, apresentar uma chapa e ver se ela será aprovada. Tem toda a questão da documentação também. Muitos clientes nos cobram também pela volta das campanhas”, comenta.
Diálogo importante
Para Leandro Johner, a retomada das atividades da Acics é necessária para estabelecer um diálogo com o setor produtivo. “É importante ter com quem dialogar, principalmente nessas questões de decretos. Se não, cada um tem um entendimento diferente e fica mais difícil. Vejo com bons olhos este movimento de comerciantes e empresários”, salienta.
A partir da definição de uma diretoria, Johner ressalta que o governo sentará com a entidade para estruturar campanhas de arrecadação para movimentar a economia local.
“É preciso estimular, premiar, buscar alternativas para que as pessoas adquiram seus produtos aqui. Elas precisam comprar no mercadinho, na loja do bairro, para que o imposto fique aqui e dê retorno para a cidade”, pontua.