O promotor de Lajeado, Carlos Fioriolli, participou manhã desta terça-feira, 23, do programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, para falar sobre a mobilização dos comerciantes e empresários para a derrubada do modelo de cogestão no Rio Grande do Sul.
“O melhor caminho sempre vai ser o diálogo, o caminho que se apresenta mais conveniente, ainda mais sabendo que esse momento é crítico, precisamos achar um parâmetro de convivência”, pontua.
Fiorilli entende que é direito do cidadão trabalhar e do empregador empreender. “Quando tu fala em diálogo com paz e tranquilidade, tu está em um nível de prospecção, mas quando tu está vendo os teus boletos chegar e vendo os juros que, se não pagos pode ocasionar, o pânico e o pavor prevalecem”, salienta.
A decisão de suspensão da cogestão, emitida pela Procuradoria-Geral do Estado ainda no sábado e derrubada no domingo pelo Desembargador Marco Aurélio Heinz para a volta das normas de cogestão seria vista diferente se essas decisões ocorressem em âmbito local. “Procuramos não atropelar, sempre procuramos deixar o uso do Ministério Público, cuidando para não ser um apêndice do poder executivo”, ressalta.
O promotor acredita que se há um diálogo a ser superado, partindo dos órgãos representativos do setor com o governo do estado, esse seria o momento de distensionar. “Se isso for levado a critérios na ponta da faca, não tenho dúvidas de que o comércio vai se apresentar aberto como desespero. Com a razão final da única possibilidade de não querer ou de não conseguir sobreviver. Não gosto de dizer que o comércio seria desobediente porque você não pode obedecer ao que te mata”, comenta.
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