Há mais de um ano proprietários de restaurantes e bares vivem uma nova realidade com as dificuldades impostas pela pandemia. Na manhã desta terça-feira, 23, o vice-presidente da Sindavat Paulo Roberto Schöller e o empresário Wagner Kober participaram do programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, para falar das dificuldades enfrentadas pela categoria.
Foi realizado na segunda-feira, 22, um encontro com representantes do setor com a presença do prefeito Marcelo Caumo solicitando a abertura desses estabelecimentos à noite. “Nós, da noite, que não temos a possibilidade alguma de trabalho no momento questionamos se é possível servir o prato a mesa ao meio-dia porque não é possível servir o mesmo prato à noite?”, questiona Schöller.
Os empresários reconhecem que a abertura desses empreendimentos não é motivo para aglomeração, nem proliferação. Nesse sentido estamos totalmente expostos a ter um controle rigoroso para sermos exemplo e se auto fiscalizar”, diz Kober.
A categoria busca a recepção do cliente na porta, exigência da máscara e o fornecimento dela, caso o cliente não esteja usando. Capacidade de 25% a 50% da lotação e “não quer dizer que se abrirmos as portas, vamos atender a toda essa capacidade”, ressalta o empresário Kober.
O segmento pede pela abertura à noite dos estabelecimentos porque muitos possuem nisso a única forma de renda. “Nós estamos mortos e não temos mais dinheiro para pagar conta”, destaca Schöller.
Agora, o grupo aguarda um posicionamento da administração de Lajeado até a quarta-feira, 24. Caso o retorno seja negativo, planeja-se uma mobilização.
“Estamos há um ano sem trabalhar”
No começo da pandemia, em 2020, o governo federal ofereceu condições como o auxílio emergencial e postergação de impostos, no entanto, agora não há nenhuma flexibilização semelhante em aberto.
Schöller conta que precisou reduzir o número de colaboradores. Profissionais esses que aplicou recursos para o aperfeiçoamento. “Eu tive que demitir porque eu não tinha dinheiro para pagar a folha, a gente só quer trabalhar e quer o direito de poder fazer isso.”
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