Após três semanas de restrições severas às atividades econômicas, o modelo de cogestão foi reimplantado e abre ao menos uma perspectiva de recuperação aos setores impactados. Essa segunda-feira foi dia de reabrir os estabelecimentos, receber clientes e finalmente voltar a movimentar o caixa de empreendimentos, que geram emprego e renda a milhares de pessoas.
Importante ponderar, no entanto, que assim como todo o restante do estado, o Vale do Taquari segue em bandeira preta. Os índices de ocupação hospitalar seguem altíssimos e o ritmo de contágios continua acelerado. Mais do que isso, em Lajeado por exemplo, os três primeiros meses do ano já registram quantidade superior de óbitos do que todo o acumulado de 2020.
Diante do abrandamento das regras do distanciamento controlado, a comunidade em geral não pode esquecer que o país, em especial o Rio Grande do Sul, enfrenta o pior momento da pandemia. Um cenário fora de controle se alastra e exige o máximo de responsabilidade de todos, para que a situação não se agrave ainda mais.
Hospitais em colapso, iminência de falta de medicamentos, UTIs lotadas e poucas perspectivas de um achatamento considerável da curva de contágios. Independente do mérito e da opinião sobre a efetividade das estratégias adotadas até o momento para tentar frear o vírus, é preciso reconhecer a delicadeza e a complexidade da atual conjuntura.
Enquanto a vacinação ainda não imprime a velocidade necessária, o distanciamento social e a higienização constante da mãos e das superfícies seguem como as únicas táticas comprovadas para o combate da covid-19. Por ora, portanto, é de vital importância que todos os estabelecimentos reabertos estejam atentos aos protocolos.
Para evitar contágios, preservar vidas e, ao mesmo tempo, manter o funcionamento das atividades econômicas, a mobilização e o comprometimento de toda a comunidade são fundamentais. O senso de união e cooperação que tanto marcam o Vale do Taquari nunca foram tão importantes.
