Cai ocupação de leitos clínicos, mas UTIs seguem lotadas

Pandemia no Vale

Cai ocupação de leitos clínicos, mas UTIs seguem lotadas

Nas quatro casas de saúde da região com leitos intensivos, ocupação permanece acima dos 100% faz três semanas. Nas vagas clínicas, com tabulação de 19 instituições, percentual apresenta redução desde o dia 13 de março

Cai ocupação de leitos clínicos, mas UTIs seguem lotadas
(Foto: Divulgação/Encantado)
Vale do Taquari

A tabulação diária feita pelo governo estadual mostra que os hospitais continuam trabalhando acima da capacidade. O cenário de colapso é visto em todo o Estado. No específico, o Vale do Taquari tem um dos maiores percentuais de ocupação do RS.

Quatro hospitais contam com Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), em Lajeado, Estrela, Encantado e Taquari. Conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde, no fim da tarde de ontem, havia 90 pacientes internados. Isso representa 130,4% de ocupação. Deste total, 71 confirmados com o novo coronavírus, além de sete casos suspeitos da doença.

Do total de leitos ocupados, 86,6% são devido à covid-19. O Vale dispõe de 69 leitos cadastrados. Pelos ajustes e planos de emergência das casas de saúde, foi possível ampliar para as 90 vagas.

Quanto aos leitos clínicos, há uma tendência de redução. Na segunda-feira, 22, alcançou o menor número desde a metade de fevereiro, com 70,1% de ocupação, voltando para a bandeira vermelha neste segmento.

Na avaliação do comitê de crise do Estado, os índices de óbitos e de uso das UTIs permanecerão altos até o fim deste mês, com possibilidade de se estender para as primeiras semanas de abril.

Pelos cálculos da equipe técnica, o pior momento da pandemia em 2020 contabilizou 500 mortes por semana. Neste mês, já ultrapassa passou de 1,5 mil.

Maior índice de contágio do país

A média de novos casos em sete dias coloca o RS como o estado com maior crescimento da doença no país. Junto com isso, outro indicador preocupante é o acumulado do número de óbitos, que ficou em segundo no ranking nacional.

O diagnóstico de confirmados está em uma média de 0,9% ao dia, enquanto o patamar do Brasil é de 0,63%, conforme boletim divulgado pelo Comitê de Dados do Piratini.

Pelos dados, os óbitos em sete dias alcançaram 16,8 por 100 mil habitantes. No país, foi de 7,5. Pelo boletim, a média de mortes é oito vezes mais alta do que nos EUA.

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