Diante das restrições impostas pela bandeira preta e da liminar judicial que suspende o sistema de cogestão com os municípios, serviços considerados pelo governo como não essenciais não podem abrir as portas para atendimento ao público na próxima segunda-feira, 22. Contrários a essa medida, um grupo de comerciantes e proprietários de estabelecimentos criaram um grupo nas redes sociais para unir forças e colocar o comércio na ativa novamente.
A iniciativa surgiu neste sábado, 20, e o grupo de whatsapp já está lotado. Por isso, mais um grupo está sendo criado. A expectativa é reunir cerca de 500 comerciantes.
“Queremos abrir nosso comércio, queremos trabalhar de novo. Temos deveres para cumprir durante o mês. Deveres que não são baratos. E não estamos tendo receita. Ou seja, a conta não fecha. A ideia é voltarmos a trabalhar, respeitando as regras de distanciamento, uso de máscara, uso de álcool gel… Sabemos da situação da pandemia e respeitamos isso. Mas também não queremos pagar tudo isso sozinhos. Consideramos que tudo é essencial. Não vemos o comércio como culpado da proliferação”, defende Ismael Francisco Ledur, um dos integrantes da ação.
Ainda de acordo com Ledur, se um dos estabelecimentos que estiver aberto for fiscalizado, a intenção dos comerciantes é que a situação seja avisada para que outros comerciantes se reúnam na frente do estabelecimento.
“Temos alguns advogados no grupo. Por isso, se algum estabelecimento for notificado, vamos tomar providências. Queremos o nosso direito de trabalhar”, completa Ledur.
