“O que você faz para contribuir com um mundo melhor?”

Abre aspas

“O que você faz para contribuir com um mundo melhor?”

Assistente social e pós graduada em políticas públicas e direitos sociais, Carine Bagestan, 33, é engajada em projetos voluntários desde criança. Ela tem um carinho especial pelo bairro Santo Antônio, e reuniu outros voluntários para continuar levando boas ações para a comunidade

“O que você faz para contribuir com um mundo melhor?”
(Foto: Arquivo Pessoal)
Vale do Taquari

O que te motivou a realizar trabalhos sociais?
Sou inspirada pela minha família. Minha mãe é professora do Estado, meu pai é policial civil. Desde pequena me envolvia em causas sociais em Arroio do Meio, onde a gente morava. Meu irmão mais velho também participava, fazia algumas ações com os amigos, se vestia de Papai Noel. Meu irmão faleceu quando eu era adolescente. Foi um baque muito forte. Mas isso fez eu ter ainda mais vontade de ajudar o próximo. A escolha da minha profissão foi baseada nisso. Quando eu estava na faculdade, mobilizei alguns amigos e fizemos ações no bairro Santo Antônio, onde ficam nossos abrigos infantis. Ali a gente fez alguns Natais e Páscoas. Em 2017, trabalhei como assistente social pela prefeitura de Lajeado, nos condomínios habitacionais do bairro. Quando meu contrato terminou, continuei realizando projetos lá. Criei muito vínculo com moradores e não me via mais longe dali.

Quais projetos já desenvolveu no bairro?
Como assistente social, eu conectava as pessoas que queriam ajudar daquelas que precisavam de ajuda. Sempre tive muita ajuda da comunidade, de amigos, da família. O primeiro projeto mais fixo surgiu em 2017, que foi o ‘Natal todo dia’. Depois, criamos o projeto Èlas Social, que incentiva as mulheres a produzirem acessórios para gerar renda. Além do Debut Social, que é uma das ações que tenho mais carinho, e o MoveMães, que busca auxiliar as famílias de crianças de até 12 anos com roupas, fraldas e outros objetos infantis. Agora também criamos a Associação Marinês, que vai reunir esses e outros projetos do bairro.

O que te incentiva a continuar com as ações?
O que me motiva é ver as pessoas felizes. Ajudar o próximo só faz bem. Sou muito realizada porque tenho claro que essa é minha missão na vida. E ver que eu posso incentivar as pessoas ao meu redor com essa onda do bem só me motiva mais ainda para continuar. Gosto de me fazer uma pergunta todos os dias: o que você faz para contribuir com um mundo melhor?

Qual momento foi mais marcante pra ti nesse tempo?
Todos esses movimentos têm um pouco do meu coração. São meus filhotes. Mas teve um momento que me marcou muito que foi a noite do Debut Social. Essa felicidade e emoção que vivi nessa intensidade na noite foi inexplicável. Tenho um carinho muito especial pelo debut. Espero que este ano a gente possa realizar de novo esse projeto, porque ele também serviu como um suporte para essas meninas se enxergarem como potencialidades, que elas podem ser o que quiserem, que podem sair de meios de risco que elas vivem, que podem ter outras oportunidades. Não vai ser fácil, mas o que queremos é que elas possam contar com a gente para construir a própria história.

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