Reunião hoje entre Famurs e governo do estado deve definir como serão as restrições do distanciamento controlado para as próximas semanas. Após três semanas de regras severas, a tendência é de retomada do modelo de cogestão.
A volta do sistema em que as regiões compartilham a responsabilidade para a definição nas normas às atividades produtivas conforme o cenário local anima, especialmente o setor do comércio. Estrangulados como o segmento econômico mais penalizado nesta pandemia, lojistas veem a chance de reabrir estabelecimentos a partir de segunda e ganhar fôlego no caixa.
Importante considerar, no entanto, que todo o território gaúcho seguirá em bandeira preta. Hospitais em colapso, falta de leitos, contágios em ritmo acelerado e novas cepas em circulação. Tudo isso compõe um cenário de calamidade, que exige extrema cautela nesta possível retomada.
O momento exige ações assertivas, equilibradas e, principalmente, coletivas para enfrentar este momento crítico de avanço da pandemia. Se a reabertura for confirmada, as novas regras de funcionamento precisam ser respeitadas a rigor.
Qualquer avanço para contemplar a questão econômica neste momento é importante e deve ser valorizado. No entanto, um novo agravamento de uma situação já caótica pode representar, no ponto de vista da saúde, a disparada ainda maior de óbitos e um desastre humanitário. Para o campo econômico, a certeza de novos retrocessos.
É necessário, portanto, mais do que nunca, que cada um faça a sua parte. A pandemia já mostrou que não é brincadeira e precisa ser tratada com o máximo de seriedade e responsabilidade. Com o país se encaminhando para as 300 mil mortes e o ritmo de vacinação ainda aquém do razoável, a atual conjuntura é complexa e delicada.
A sociedade enfrenta tempos muito difíceis que exigem de todos muita resiliência, equilíbrio emocional e, sobretudo, cuidado.
Cuidar de si e de quem está próximo é a tônica do momento.