De terça para quarta-feira, 17, três leitos de internação da ala covid do Hospital Bruno Born (HBB) foram desocupados. Esse foi o resultado do primeiro dia do convênio entre o município e a Unimed para apoiar a principal casa de saúde de Lajeado.
Atendidos agora em domicílio, os pacientes precisam de auxílio respiratório, possibilitado pelo uso de concentradores de oxigênio. O equipamento pode ser decisivo para reduzir a pressão nos hospitais.
Conforme Rosilene Knebel, superintendente executiva da Unimed VTRP, oito concentradores serão transportados hoje de Porto Alegre para Lajeado. Eles foram adquiridos pela empresa, que antes trabalhava apenas com máquinas alugadas. “Nós não tínhamos concentradores. Então, agora conseguimos. E essa vai ser a rotina, talvez amanhã tenham três, ou quatro pacientes que serão atendidos em casa. Depende da avaliação do médico-clínico do Bruno Born, se os pacientes estão aptos de necessitarem somente do oxigênio e eventualmente fisioterapia”.
No convênio, o município remunera os custos do uso do aparelho e de um profissional para auxiliar no tratamento domiciliar.
Após ligado na rede elétrica, o equipamento gera cerca de dois litros de oxigênio e torna o processo de respiração mais confortável. Antes da emergência da pandemia, os concentradores já eram usados para pacientes crônicos com outras deficiências pulmonares, como enfisema.
Protocolo para “desospitalização”
A avaliação para que o paciente saía do hospital parte de um médico-clínico do HBB. Com a garantia de que não ocorra uma mudança no quadro, um concentrador é disponibilizado.
Antes da pessoa ir para casa, um funcionário da Unimed conversa com a família, orienta como usar o aparelho e explica o funcionamento. No dia seguinte, um fisioterapeuta visita o lar para identificar a adaptação ao uso do equipamento e sanar dúvidas que possam surgir no processo.
A Secretaria de Saúde vincula o munícipe ao posto de Saúde mais próximo da residência, para que o cidadão possa ter uma referência, e por vezes, um apoio da equipe da unidade.
“Nesse processo todo, criamos um protocolo. A gente consegue fazer um trabalho de planejamento coordenado”, explica Rosilene.
O procedimento consegue liberar espaço para que o hospital atenda outros pacientes.