Vivemos um país com uma grande dependência da política na economia. As decisões de Brasília interferem diretamente em todos os setores do mercado financeiro. Juros, bolsa de valores, disponibilidade de crédito e, frontalmente, na relação do Real com outras moedas, entre elas, o Dólar. Em uma década nós perdemos quase 4 vezes o nosso poder de compra lá fora. Mesmo nas relações comerciais nacionais, sofremos diretamente com altas do Dólar e das commodities (forças globais), pois ambos afetam um dos nossos principais índices de inflação, o IGPM, que em um ano chega 29%! Nossos juros também não são mais atrativos como antes. O Brasil representa apenas 2,5% do PIB mundial. No comércio internacional, ainda menos, representa insignificantes 1,2%.
Então, por que investir apenas no Brasil? Diversificação internacional é mais do que uma ferramenta de proteção, é uma necessidade. Traz diversificação regional, proteção contra choques cambiais, descorrelação com outros investimentos e pode ser operacionalizado de diversas formas, a maioria elas muito simples e sem burocracia ou necessidade de envios de recursos para o exterior. Com proteção cambial ou sem, com exposições regionais ou globais, renda fixa, fundos multimercado ou ações. O importante é ter esse tipo de proteção e diversificação quando se pensa em uma carteira de investimentos completa e preparada para o futuro e suas surpresas.