“Não é só tomar o medicamento. É importante ser o mais imediato possível”
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Entrevista

“Não é só tomar o medicamento. É importante ser o mais imediato possível”

Defensor do kit covid, Régis Dewes lembra que a replicação viral da nova variante da doença ocorre de maneira ainda mais rápida

“Não é só tomar o medicamento. É importante ser o mais imediato possível”
Médico Régis Dewes foi o entrevistado deste sábado / Crédito: Mateus Souza
Lajeado

Um dos profissionais lajeadenses a assinar o manifesto em prol da utilização do kit covid em pacientes com coronavírus, o médico Régis Dewes participou, na manhã deste sábado, 13, do programa “A Hora Bom Dia”, na Rádio A Hora 102,9.

Na entrevista, Dewes fez um breve histórico dos fármacos que compõe o kit covid e lembra que, com a nova variante do coronavírus, é importante o tratamento “imediato” para evitar o agravamento da doença. “Não é só tomar o medicamento. É importante ser o mais imediato possível, jamais esperar o resultado do exame. Quanto mais se espera, mais ocorre a replicação viral, principalmente com essa nova variante”, afirma.

Dewes acredita que, com a queda global de outros vírus respiratórios, é pouco provável que um paciente não esteja com covid quanto apresenta sintomas da doença. “Resfriado, no verão, já é pouco frequente. O vírus dominante agora é o do coronavírus. Se a pessoa está com coriza, uma secreção nasal, dificilmente será um resfriado”, salienta.

Embora defenda o kit, Dewes lembra que ele não é a garantia de cura do paciente. “É uma expectativa. E o tratamento não é 100%, nada é 100%. Mas é o que nós temos hoje. O que é mostrado e que tem alguma eficácia é o tratamento absolutamente imediato”, pontua.

Mutação do vírus

A aprovação do medicamento Rendesivir, por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para tratamento da covid-19, também foi abordada por Dewes, que vê com preocupação sua utilização.

“Esse custa R$ 26 mil e é da mesma farmacêutica do Tamiflu, que tem pouco efeito sobre a gripe. Eles não vão deixar, vão anular qualquer tentativa de tratamento. Já é provado que ele pode ser um dos causadores da mutação do vírus. E ele é exaltado. É mais uma decepção que a gente tem”, ressalta.

O médico também demonstra preocupação com a automedicação e cita o exemplo de um dos fármacos mais utilizados. “Fico chocado em deixar um paciente ir para casa com paracetamol e tomá-lo por contra própria. O paracetamol é mais perigoso do que a ivermectina, não deveria ser usado para esse fim”, observa.

 

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