Após os últimos acontecimentos no campo jurídico nacional, o país tende a ingressar num processo de polarização política ainda mais intenso nos próximos meses. O tabuleiro das eleições de 2022 começa a se consolidar e, pelo que tudo indica, poderá ser um dos pleitos mais acirrados da história recente do Brasil.
Trata-se de um fenômeno que cresce nas últimas décadas e que deve alcançar o seu ápice no próximo ano. Até lá, contudo, a nação tem um enorme problema a resolver. A pandemia toma proporções dramáticas e ameaça toda a população, independente da faixa etária, localização geográfica, poder aquisitivo ou posição ideológica.
Uma crise sem precedentes como essa exige o esforço de todos os líderes e forças políticas para que o país tenha condições de superar este momento tão adverso. Embora pareça ingênuo pedir a união entre gregos e troianos, um mínimo de harmonia social é necessário para que o Brasil consiga pôr fim a este pesadelo interminável.
Muito antes de projetar as eleições de 2022, é necessário focar todas as energias no combate a covid, no achatamento da curva de contágios, na preservação de vidas e na recuperação econômica. O colapso já atingiu o sistema de saúde e uma forte depressão socioeconômica se desenha, com o aumento do desemprego e empobrecimento da população.
Com cerca de 270 mil mortes, novas variantes em circulação e uma média diária de óbitos em ascensão, controlar a pandemia deve ser a prioridade do momento. A imunização da sociedade brasileira precisa acelerar para enfim gerar uma perspectiva de luz no fim do túnel. E para tanto, um ambiente minimamente harmônico é necessário.
Ainda que o bom debate político, de modo propositivo e com repeito às instituições democráticas, seja sempre salutar, o tensionamento, a rivalização e o confronto em nada contribuirão neste momento. É hora de baixar as armas e se debruçar em estratégias efetivas para vencer o real inimigo do Brasil: o coronavírus.
