Vacinas para ontem

Editorial

Vacinas para ontem

Vacinas para ontem
Brasil

Destravar a vacinação no Rio Grande do Sul é a única perspectiva real do estado superar a pandemia. Da imunização em massa dependem não apenas a preservação de vidas, mas a retomada, mesmo que parcial, da normalidade econômica.

O remédio para tentar achatar a curva de contágios e amenizar a situação calamitosa dos hospitais gaúchos tem sido amargo, especialmente para os setores do comércio e serviços considerados não essenciais. Difícil contar com apoio às restrições por parte de quem precisa manter o negócio aberto para sobreviver e sustentar a família.

O cenário é complexo e exige a construção conjunta de soluções equilibradas. O fato é que, além do colapso do sistema de saúde, se desenha um agravamento da crise socioeconômica, com a falência de estabelecimentos, empobrecimento da população e aumento do desemprego. São aspectos que precisam ser considerados.

Ontem, em Teutônia, empresários e funcionários do comércio local promoveram uma carreata contra o fechamento do setor. O ato se soma a outras manifestações pelo estado que buscam pressionar o Piratini pelo abrandamento das restrições. Os movimentos são legítimos e expressam a apreensão de quem precisa trabalhar.

Por outro lado, não se pode ignorar o caos que já se instaurou nas casas de saúde. Sem leitos vagos de UTI, as pessoas buscam atendimento, mas não encontram. A pandemia chega ao seu pior momento e desafia gestores na tomada de decisões rápidas e assertivas. Como equilibrar essas duas dimensões neste contexto tão adverso?

A resposta está na aceleração do processo de vacinação. Hoje, a Famurs e o Grupo Mulheres do Brasil (liderado pela empresária Luiz Trajano) realizam o lançamento do Movimento Unidos pela Vacina para os municípios gaúchos. A estratégia será apresentada para os secretários de saúde das 497 cidades do Rio Grande do Sul.

O movimento propõe um diagnóstico para revelar quais as dificuldades para garantir aplicação imediata da vacina em larga escala no estado. É na celeridade do processo de imunização que mora a verdadeira esperança.

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