Pesquisa detalha barreiras para vacinação nos municípios

Para agilizar o processo

Pesquisa detalha barreiras para vacinação nos municípios

Famurs lança na tarde de hoje diagnóstico sobre condições das cidades em termos de insumos, armazenamento e equipes de saúde. Iniciativa procura antecipar soluções quando houver periodicidade na entrega das doses

Pesquisa detalha barreiras para vacinação nos municípios
Nas duas maiores cidades da região, próximos dias serão de busca ativa para aplicar o reforço contra a covid (Foto: Divulgação)
Vale do Taquari

Com o propósito de conhecer as carências dos municípios para aplicar a vacina contra a covid-19 na população, a Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs) lançam nesta quarta-feira, 10, uma pesquisa sobre o andamento da vacinação no Estado, bem como as condições em termos de insumos, armazenamento e também das equipes disponíveis para a aplicação das doses.

Os detalhes da iniciativa serão apresentados hoje em transmissão pelo youtube, a partir das 13h, pelo canal da Famurs. Conforme o presidente da federação, Emanuel Hassen de Jesus, o Maneco, a iminência da compra em larga escala, a partir da negociação entre governo federal e o laboratório americano Pfizer, obriga mudanças na logística.

Tudo pelo fato de essas vacinas necessitarem de um armazenamento em resfriadores específicos, com -60ºC de temperatura. “Sabemos que há universidades que tem esses espaços. Mas não temos informações de todo o RS. O objetivo é superar possíveis obstáculos que teremos para a transporte, recebimento e vacinação.”
Para o presidente da Famurs, é preciso criar alternativas, seja pelo repasse das doses pelo Ministério da Saúde, ou mesmo pela compra dos municípios e do Estado. “Não queremos abrir disputa entre as cidades.

Neste momento é preciso trabalhar juntos para garantir o máximo de vacinas”, defende.
Entre as estratégias, caso seja autorizada a compra fora do âmbito federal, é usar os consórcios intermunicipais e adquirir as doses em larga escala. Para apresentação dos dados da pesquisa que começa amanhã, a Famurs estima que estejam disponíveis já na próxima semana.

Unidos pela vacina

O movimento nacional “Unidos pela Vacina” faz parte da iniciativa que começa a ser adotada no RS, tanto por instituições públicas quanto por empresas. A iniciativa foi idealizada pelo Grupo Mulheres do Brasil, presidido pela empresária Luiza Trajano.

O foco principal é identificar gargalos no país, nos Estados e em cada um dos municípios do Brasil que possam atrasar a vacinação, como problemas de logística, transporte e armazenamento da vacina, contribuindo com o Programa Nacional de Imunização, liderado pelo governo federal.O mo

vimento passou a ganhar apoiadores e, por isso, adotou um modelo de regionalização nos Estados. Com o objetivo prioritário de acelerar o processo de diagnóstico e conexão dos doadores, essa frente se inicia no Rio Grande do Sul contando com a Famurs, o Instituto Cultural Floresta (ICF) e a Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert).

Até o momento, o Unidos pela Vacina já levantou dados de 2.042 dos 5.570 municípios do país, dos quais apenas 31 fazem parte dos 497 gaúchos. A meta é atingir 100% dos municípios até o final de março.

Mais 187 mil doses

É esperado para hoje mais uma remessa da vacina Coronavac no RS. Pelas informações do governo federal, serão mais 187 mil doses para distribuir aos municípios gaúchos.

Após o desembarque, o lote segue para a Central Estadual de Distribuição e Armazenamento de Imunobiológicos (Ceadi). O RS já recebeu quatro remessas de vacinas, que totalizam mais de 1 milhão de doses. O primeiro lote, com 341,8 mil vacinas CoronaVac, chegou em 18 de janeiro. Pela tabulação da Secretaria Estadual de Saúde, mais de 702 mil pessoas no RS já receberam as duas doses da vacina.

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