“Para a comunidade ser viva, precisa das pessoas ativas”

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“Para a comunidade ser viva, precisa das pessoas ativas”

Moradora do bairro Bela Vista, Luciane Ely, 48, assumiu a presidência da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Arroio do Meio. Ela é a segunda mulher a ocupar esse cargo

“Para a comunidade ser viva, precisa das pessoas ativas”
(Foto: Fábio Kuhn)
Estrela

O que te motivou a assumir a presidência da paróquia?
Eu já fazia parte da diretoria anterior, no conselho fiscal. Para as eleições, perguntaram quem se disponibilizaria a continuar. Eu concordei, até porque no ano passado não realizamos muitas coisas que havíamos planejado, em função da pandemia. Então fui surpreendida com o convite para ser presidente.

Por que lhe surpreendeu?
Não esperava, pensei que continuaria no mesmo cargo. Mas como sempre me senti chamada a participar da comunidade, tenho vivências nas pastorais, liturgia, inclusive na catequese, onde atuei por oito anos, tudo isso me levou a aceitar. É uma forma de se doar para a comunidade.

Você é a segunda mulher a assumir esse cargo. O que representa isso para ti?
Em todas as esferas, vemos a mulher mais participante em todos os aspectos. O próprio papa incentivou uma presença feminina mais ramificada e incisiva nas comunidades. Penso que as mulheres devem ser participantes plenas na vida da igreja.

Para você, as mulheres mudam a forma de administrar a comunidade?
Acredito que sim, que temos mais sensibilidade. Podemos perceber mais detalhes, ter uma visão diferente. Claro, tudo isso se complementa com as opiniões dos outros membros da diretoria, pois vamos trabalhar em conjunto. Temos uma ótima equipe, bem motivada.

Quais são as metas à frente da paróquia?
No ano passado muita coisa ficou em compasso de espera, por conta da pandemia. Não tivemos Primeira Comunhão, nem Crisma. As pastorais, grupos de estudo, não tiveram mais encontros. Nossos planos eram de retomar essas atividades, catequese, com encontros presenciais, ou híbridos, para quem sabe, termos Primeira Comunhão e Crisma esse ano. Com a bandeira preta, estamos parados novamente. Outra coisa que parou foram as festas comunitárias. Nossa ideia é incentivar atividades alternativas para movimentar um pouco as comunidades, principalmente no dia de seu padroeiro. A ideia seria fazer drive thru, pegue e leve, ou atividades semelhantes.

Há algum projeto a longo prazo?
Um dos projetos é dar um acabamento no cemitério da Bela Vista, com jardinagem e outros elementos. No restante vamos fazer obras de manutenção. Tínhamos outros planos, mas por enquanto vamos esperar, mais para a frente podemos retomar.

Você que vive essa vida comunitária, qual a importância de ver as pessoas integradas em suas comunidades?
Penso que a comunidade é algo vivo, e para ser assim , precisa do envolvimento das pessoas. Quando a pessoa começa a se envolver, a comunidade chama cada vez mais. Uma comunidade engajada funciona melhor, tudo é mais alegre, a amizade entre as pessoas cresce. Uma comunidade viva precisa de pessoas ativas.

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