“Cada ano fica mais difícil produzir no Brasil”

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“Cada ano fica mais difícil produzir no Brasil”

O presidente-executivo da Dália, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, participou do programa A Hora Bom Dia e destacou os desafios do setor leiteiro

“Cada ano fica mais difícil produzir no Brasil”
(Foto: Divulgação)
Vale do Taquari

De março a agosto a produção de leite cai. Segundo o presidente-executivo da Dália, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas é nesse período que ocorre um aumento do consumo e o preço ao consumidor se eleva. “É nesse período que o produtor recebe os melhores preços e a agroindústria tem os melhores resultados.”

Em contrapartida, a safra que vai de agosto a fevereiro é o período que apresenta redução no consumo e dificuldade para as agroindústrias. No entanto, devido à pandemia, há uma redução na renda dos trabalhadores e das famílias. “Esse equilíbrio e a certa demanda e rentabilidade, a cada ano fica mais difícil produzir para o Brasil e para os brasileiros”, diz.

Mesmo que o país seja rico, a grande maioria do consumidor possui um poder aquisitivo baixo e “é difícil para o agronegócio abastecer um consumidor com pouco dinheiro e conseguir fechar com lucro”, ressalta.

Ele lembra que no Brasil as empresas precisam ter um percentual mínimo de exportação para fechar na média das agroindústrias dos produtores.

“Vale é rico”

Freitas destaca que as cooperativas do Vale do Taquari contribuem muito para o desenvolvimento regional. “O cooperativismo mudou nos últimos anos, o sistema de gestão cooperativa, é extremamente profissional e social visando o associado. As cooperativas se transformaram em empresas competitivas que disputam no mercado e conseguem transformar essa eficiência em melhores resultados aos seus associados”, pontua.

No caso de cooperativas como a Dália, Languiru e a Santa Clara, houve uma evolução muito grande nas gestões. “Se conseguiu fazer muitos investimentos na área de educação e qualificação dos funcionários e do quadro social”, diz.

Uma das evoluções destacadas pelo presidente da cooperativa Dália é a qualidade do leite nos últimos anos. “Houve trabalho forte de assistência técnica das cooperativas, agora entra um leite de excelente qualidade. 100% desse leita está dentro dos padrões recomendados e exigidos pelo Ministério da Agricultura.”

Na ponta do país

Outro ponto destacado pelo presidente-executivo é a localização do Rio Grande do Sul na ponta do país. “Nós somos dependentes do mercado consumidor brasileiro. Temos que levar nossa produção para os demais estado. O RS é exportador de alimentos e não consume tudo que produz.”

Ouça a entrevista na íntegra

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