“Gostamos de sentir a vibração do público”

Abre Aspas

“Gostamos de sentir a vibração do público”

Hoje, 9 de março, é comemorado o Dia Mundial do DJ. Ivan Lari Fuchs, 32, de Lajeado, trabalha como coordenador de Logística, mas nas horas vagas costuma se aventurar na função. Um hobby que surgiu há 15 anos e que, neste momento de pandemia, está apenas nas boas lembranças

“Gostamos de sentir a vibração do público”
(Foto: Divulgação)
Vale do Taquari

Como você descobriu a música como um hobby?
Desde pequeno, eu sempre gostei muito de música, principalmente no rádio. Acabei pegando o gosto. Uma vez, um amigo meu comprou uma caixinha de som. Aí começou, fazendo aquele som caseiro, em uma mesinha. Cada vez mais passei a gostar disso e, com o tempo, fui começando a tocar em festinhas pequenas. Virou um hobbie e depois também passei a tocar em eventos corporativos. Fui gostando cada vez mais de atuar como DJ.

Sua especialidade são os eventos corporativos?
É o que eu mais fazia antes da pandemia: casamentos e formaturas. Fiz sons em pubs, clubes, mas o meu forte mesmo eram os eventos. Chegava a fazer de 3 a 4 eventos por mês. Às vezes tinha um fim de semana de folga para respirar. Mas nunca esqueço de 2015, que foi um ano excelente para quem trabalhava no ramo. Eu chegava a emendar oito, nove eventos por mês. Era muito bom.

Uma boa festa começa com um bom DJ. Qual o segredo para ganhar o carinho e o respeito do público?
É preciso ouvir bem os clientes. Tentava escutar e sentir qual o feeling, a vibe deles, o que gostam de escutar. Aí, vou pegando nas festas, sentindo o clima das pistas. Tem que ter muita atenção ao que eles gostam. Festas com bons DJs fazem uma diferença enorme.

Quais as principais transformações no trabalho de um DJ nos últimos 15 anos?
Do ponto de vista pessoal, adquiri novos equipamentos, me aperfeiçoei na mixagem. Isso faz a diferença na hora de chegar numa festa. E é importante buscar conhecimento. Tu quer sempre subir mais, evoluir mais. Tem que estar por dentro das novidades. Cada ano, cada época, surge um estilo novo. E, principalmente de 2015 para cá, acabei fazendo muito isso, sempre me conectando com as tecnologias e com o público, no sentido de deixar as festas mais empolgantes.

A profissão vive um momento bastante difícil por conta da pandemia. Como os profissionais podem dar a volta por cima?
Nós gostamos muito de sentir a vibração do público. E, nas lives, não sentimos isso, da pista cheia, da galera cantando contigo. Isso a gente sente muito a falta. Infelizmente, para dar a volta por cima, teríamos que voltar com as festas, mas isso somente quando a situação se normalizar. Talvez se fizer algo mais restrito, mais familiar, com quantidade menor de pessoas e garantia de prevenções. Mas não vejo muitas possibilidades atualmente. Muita gente vive somente disso e está parada, e isso é um baque para a questão econômica.

Acompanhe
nossas
redes sociais