“Elas me procuravam pela segurança e eu acabei criando muitas amizades”

Dia da Mulher

“Elas me procuravam pela segurança e eu acabei criando muitas amizades”

A taxista Loraci Silvana Griesang está há mais de 20 anos na profissão e ganhou seu espaço entre o público feminino e masculino na região

“Elas me procuravam pela segurança e eu acabei criando muitas amizades”
(Foto: Bibiana Faleiro)
Vale do Taquari

Loraci Silvana Griesang, 65, também teve que lutar pelo seu espaço na profissão. Ela é taxista desde 1997 quando o marido morreu por complicações de saúde. No início não era comum mulheres motoristas e muitas pessoas estranharam. Mas aos poucos ela foi ganhando a confiança, principalmente de outras mulheres e de famílias com crianças.

“Elas me procuravam pela segurança e eu acabei criando muitas amizades durante esse tempo”, conta. Antes da pandemia, Loraci tinha horários fixos para levar as crianças para a escola, aula de inglês ou outras atividades. Ela também já fez algumas viagens mais longas.

A taxista conta que a confiança no trabalho dela é tão grande que algumas senhoras compartilham seus problemas durante a viagem e fazem questão de tratá-la como amiga. Algumas vezes, os filhos ligam para Loraci para saber da mães. “Eles vêm de outras cidades e quando chegam aqui querem saber se eu as levei para algum lugar, se eu sei onde elas estão”, lembra.

Loraci começa cedo e vai pra casa só no início da noite. São cerca de 14 horas de trabalho por dia. “Com isso eu fui envelhecendo, mas a cabeça continua jovem”, brinca. Ela afirma ter “puxado parelho” com outros motoristas desde o início e acredita que a mulher pode estar em todas as profissões.

LEIA MAIS:

Uma mulher entre os homens da pesca

“Não precisa ter força para desmontar um carro, tem que ter jeito”

Acompanhe
nossas
redes sociais