A bandeira preta continua em todo o estado. Mesmo antes da divulgação do mapa do distanciamento social, os números dos últimos sete dias, em termos de óbitos, novos casos e ocupação dos leitos hospitalares, seguem altos, e o pior, em elevação.
A grande dúvida que fica é quanto ao modelo de cogestão, que consiste na possibilidade dos prefeitos e das regiões dividirem a responsabilidade, adotando medidas mais ou menos brandas. Foram sete dias de suspensão do modelo. Inclusive com aval da própria Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat).
Agora, após uma semana de restrições, com os comércios considerados não essenciais fechados, há uma pressão de representantes da classe dos lojistas para a volta do modelo, para que se possa, inclusive, deixar para os prefeitos a autonomia de escolha.
Em reunião nesta semana, integrantes da Acil, CDL e Sindilojas iniciaram um debate com os associados sobre o tema. Há um entendimento de que é necessário respeitar os protocolos impostos pelo estado. Por outro lado, neste sábado, pretendem formalizar uma sugestão com algumas mudanças nas regras.
Longe de pedir uma reabertura plena, as organizações querem possibilitar melhores condições para os modelos de “pague leve”, bem como para que clientes possam acertar seus crediários nos estabelecimentos. Uma preocupação válida, que deve acompanhar toda a discussão acerca desta crise pela qual a sociedade passa.
Paralelamente, também há movimentos que pedem mais restrições. No litoral gaúcho, os prefeitos definiram o fechamento total das atividades, inclusive dos supermercados, neste fim de semana. Mais perto do Vale, Santa Cruz do Sul pretende adotar uma medida semelhante.
Inclusive debate com os prefeitos do Vale do Rio Pardo e pede também aos prefeitos do Vale do Taquari um lockdown neste fim de semana. O fechamento de mais segmentos comerciais e também das indústrias. A medida não encontra eco, pelo menos, na principal cidade da região: Lajeado.
O momento exige ações assertivas, equilibradas e, principalmente, coletivas para enfrentar este momento crítico de avanço da pandemia.