“Os números de Marques não param de crescer”

Pandemia

“Os números de Marques não param de crescer”

Em duas semanas, o município passou de quatro para 35 casos confirmados de coronavírus e três óbitos

“Os números de Marques não param de crescer”
(Foto: Ana Carolina Becker)
Vale do Taquari

A velocidade do avanço dos casos de covid-19 preocupa o prefeito de Marques de Souza, Fábio Mertz. “Está sendo um desafio diário diante dessa situação. Nós falta mão de obra humana para atender essa onda gigantesca de procura”, disse em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta quinta-feira, 4.

Atualmente, o município possui 35 casos ativos e três óbitos registrados. Além dos casos positivos, o que também preocupa é o baque emocional que a equipe vem sofrendo. “No meio de tudo isso a população clama por ajuda. A gente entende as críticas e que é um momento desesperador das pessoas. Não queremos criar uma sensação de pânico na cidade, mas não podemos esconder que os números não param de crescer”, complementa.

O atendimento à população está sendo feito no Hospital Marques de Souza. “Repartida” a instituição atende os casos de covid na parte terreá e os pacientes com outras comorbidades nos demais andares. A maior dificuldade atualmente tem relação também a falta de dinheiro para a compra de medicamentos. “São três pessoas entubadas, cada entubado gasta por dia R$ 1,5 mil entre oxigênio e remédios”, afirma o presidente da Associação Hospital de Marques, Marco Aurélio Lima Trindade.

Projeto de reestruturação

O Hospital de Marques passa por uma reestruturação desde 2016. Segundo o secretário da Saúde, Lairton Heineck a casa de saúde atende pacientes de seis municípios – Marques, Travesseiro, Forquetinha, Canudos do Vale, Pouso Novo e São José do Herval –. Dos 41 leitos disponíveis, 25 foram destinados para a covid-19, sendo que 20 estão ocupados e dez por pacientes de Lajeado.

A estrutura já passou por reformas no bloco cirúrgico, consultórios, cozinha e agora trabalham para duplicar a área da recepção.

Importância do hospital

Heineck, que já atuou como vereador, lembra o que seriam das cidades pequenas nesse momento sem hospitais. “Com certeza estaríamos vendo filas e pessoas morrendo nas postas dos hospitais na situação que estamos hoje. Isso serve para refletirmos sobre a importância de buscarmos ajuda financeira para disponibilizar saúde para essas unidades de saúde que ainda existem no interior”, sugere.

Ouça a entrevista na íntegra

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