Entidades articulam pedido para flexibilizar novas regras

Comércio fechado

Entidades articulam pedido para flexibilizar novas regras

Opção seria detalhar formato do ‘compre e leve’, além de permitir atendimento de clientes para pagamento de crediários. Alternativas foram debatidas em reunião na tarde de quarta-feira

Entidades articulam pedido para flexibilizar novas regras
Restrições ao funcionamento de estabelecimentos considerados não essenciais começaram no domingo passado e valem por essa semana (Foto: Filipe Faleiro)
Vale do Taquari

A semana de restrições para o funcionamento de estabelecimentos considerados não essenciais gera preocupação por parte dos empresários. Com a proximidade da nova avaliação do modelo de distanciamento social e a tendência de nova bandeira preta, as entidades representativas do comércio de Lajeado e da região organizam um documento para pedir às autoridades públicas uma revisão nos decretos.

Em reunião na tarde de ontem, representantes da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (ACIL), Sindilojas Vale do Taquari e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL Lajeado), debateram a posição das entidades.

“Os nossos associados nos cobram uma posição. Há uma grande pressão para abrir. Mas não podemos dar aval para o desrespeito ao decreto. Neste momento de crise, temos de respeitar as determinações”, diz o presidente da CDL, Aquiles Mallmann.

“Muitos esperavam uma posição forte nossa hoje, de confronto inclusive. Decidimos respeitar o que está posto nesta semana. No sábado, vamos voltar a conversar, inclusive pedindo apoio do governo municipal, para debater com o Estado algumas flexibilizações”, complementa.

De acordo com Mallmann, essas flexibilizações não seria permitir a abertura irrestrita dos clientes. A alternativa seria melhor detalhamento sobre os modelos de atendimento remoto, do funcionamento do compre e leve, bem como um formato de abertura para recebimento dos carnês.

“Sexta-feira é dia 5. O lojista tem de pagar o salário dos funcionários. Dia 10 tem de pagar o aluguel. Depois depositar o fundo de garantia e o ICMS. Como vamos fazer isso se não podemos trabalhar?”, indaga o presidente do Sindilojas, Francisco Weimer.

Apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor, Weimer frisa que o pedido das entidades não é rever as restrições para os outros comércios apontados como essenciais. “O que queremos não é fechar as óticas, ou o mercado. Mas que as lojas de confecções, de calçados, tenham alguma opção para trabalhar.”

As restrições nas localidades em bandeira preta começaram a valer no sábado passado e se estendem até o fim desta semana. A continuidade das medidas depende da nova rodagem do distanciamento controlado, que ocorre na tarde de sexta-feira. Para o Vale do Taquari, tendo em vista a ocupação hospitalar e o alto número de novos casos, o comitê de crise acredita que o nível crítico do distanciamento deve perdurar por no mínimo mais sete dias.

Resumo da notícia

  • Entidades representativas do comércio e dos serviços organizam documento para pedir mudanças no decreto para regiões em bandeira preta;
  • Em reunião na tarde de ontem, dirigentes ouviram o clamor dos associados, que cobram uma posição mais contundente das instituições na defesa do funcionamento das empresas;
  • Definição foi de aguardar a nova rodagem do mapa do distanciamento e um encontro no sábado pela manhã foi agendado;
  • Na ocasião, os representantes do comércio pretende formular um documento com pedido de algumas flexibilizações;
  • As medidas visam garantir mais condições para o atendimento no modelo compre e leve, bem como a possibilidade de clientes irem nas lojas pagar os crediários.

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