Cuidar-se mais do que nunca

Editorial

Cuidar-se mais do que nunca

A pandemia ganha contornos dramáticos no Rio Grande do Sul

Cuidar-se mais do que nunca
Vale do Taquari

A pandemia ganha contornos dramáticos no Rio Grande do Sul. As notícias que circulam na imprensa nacional demonstram um cenário extremamente delicado, com hospitais em colapso e poucas perspectivas de achatamento da curva de contágios nos próximos dias.

Os efeitos do rígido regramento que foi imposto pelo Estado nesta semana ainda deve demorar mais de dez dias para ser percebido na demanda hospitalar. Até lá, a tendência é de aumento da procura, números expressivos de óbitos diários e a indisponibilidade de leitos de UTI.

No Vale do Taquari, o cenário não é diferente. Os maiores hospitais, como os de Lajeado, Estrela, Encantado e Taquari, já estão superlotados e, a partir de agora, a pressão recai também para as casas de saúde de pequeno porte. Instituições de Bom Retiro, Cruzeiro do Sul e Marques de Souza, por exemplo, também estão no limite, com estruturas menores e sem espaços apropriados para a internação de pacientes graves.

Ao mesmo tempo, as novas cepas de coronavírus começam a ser confirmadas por laboratórios. Ontem, o Biosofia, de Estrela, confirmou a presença da variante de Manaus em pacientes da comunidade regional. Pelo que tudo indica, essas variações parecem mais perigosas e acometem pessoas de fora dos até então chamados grupos de risco.

Jovens e pessoas sem comorbidades já disputam leitos com os mais vulneráveis. Os centros urbanos e cidades do interior já convivem com situações de calamidade. Ou seja, o vírus passou a ameaçar todos, independente da faixa etária e de suas localizações.

O que se desenha para as próximas semanas é o agravamento da situação, o que vai exigir de todos muita resiliência, equilíbrio emocional e, sobretudo, cuidado. Cuidar de si e de quem está próximo é a tônica do momento. Nunca foi tão importante manter hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, atividades físicas e sono de qualidade. E, lógico, intensificar os protocolos sanitários como o uso de máscaras, higienização constante das mãos e distanciamento social.

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