“Fechamento da escola é uma derrota para nós como sociedade”

EDUCAÇÃO

“Fechamento da escola é uma derrota para nós como sociedade”

Afirmação é da presidente do Sindicato dos Professores Municipais de Lajeado (SPML), Rita de Cássia Quadros da Rosa. Suspensão das atividades presenciais e as reivindicações da classe para a retomada das aulas foram assuntos do programa da Rádio A Hora 102.9

“Fechamento da escola é uma derrota para nós como sociedade”
Rita de Cássia Quadros da Rosa, presidente do Sindicato dos Professores Municipais de Lajeado (Reprodução/Fecabook)
Lajeado

A presidente do Sindicato dos Professores Municipais de Lajeado (SPML), Rita de Cássia Quadros da Rosa, participou do programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta quarta-feira, 3. A suspensão das aulas presenciais na Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental foi tema da entrevista.

Conforme a presidente, em reunião realizada na semana passada, os professores trouxeram informações sobre as condições de funcionamento das escolas no momento. Entre as reivindicações levantadas e encaminhadas para a administração municipal de Lajeado, estavam a dificuldade em dar conta da demanda presencial, o afastamento de colegas e o espaço insuficiente se considerado o distanciamento de 1,5m.

Cerca de 25% do total de alunos matriculados nas escolas municipais de Educação Infantil estavam frequentando os educandários. Com a suspensão das atividades presenciais, as aulas voltaram a ser totalmente remotas.

Segundo Rita, no ano passado a educação só não parou porque os professores se dispuseram em tornar suas casas estúdios, aprender novas tecnologias e atender alunos depois do horário. “A natureza de algumas profissões não permite que sejam realizados trabalhos remotos, mas se nós conseguimos levar a educação dessa forma então é possível reduzir danos”, pontua.

De acordo com a professora, o fechamento da escola é “uma derrota para nós como sociedade”. “É uma derrota porque não percebemos a gravidade do vírus, porque não conseguimos seguir as medidas de prevenção da maneira que fomos orientados. O fechamento é uma ação extrema que precisou ser feita”, salienta.

A presidente critica o poder público, principalmente o governo federal, que não elaborou um plano de vacinação que incluísse os profissionais da Educação. “Que apontássemos o dedo para um governo que não pensa na imunização de professores, para o Ministério da Educação que sequer elaborou um plano de recuperação da aprendizagem. Você sabe o nome do ministro da Educação?Ninguém sabe porque ele sumiu no momento em que o país mais precisa”, aponta.

Conforme Rita, é necessário aumentar o número de pessoas em equipes de limpeza, recalcular o número de alunos por sala e rever os protocolos de segurança, além de disponibilizar mais EPIs. “Como professores queremos todos os alunos dentro da sala, desde que haja realmente segurança e que as condições nos hospitais melhorem”, pontua.

Confira a entrevista completa da presidente do SPML, Rita de Cássica Quadros da Rosa:

Acompanhe
nossas
redes sociais