Fuvates e Prefeitura desenvolvem parceria inovadora em escola-modelo de Lajeado

Educação

Fuvates e Prefeitura desenvolvem parceria inovadora em escola-modelo de Lajeado

Emei no bairro Santo Antônio tem gestão compartilhada

Fuvates e Prefeitura desenvolvem parceria inovadora em escola-modelo de Lajeado
(Foto: Divulgação/Pietra Darde/Prefeitura Municipal de Lajeado)
Lajeado

A Fundação Vale do Taquari de Educação e Desenvolvimento Social (Fuvates), entidade mantenedora da Universidade do Vale do Taquari (Univates) celebrou, no início de 2020, um contrato de prestação de serviços educacionais com a Prefeitura de Lajeado. Dessa forma, a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Saber, Educar, Respeitar, tem sua gestão compartilhada.

As atividades no local iniciaram em dezembro do último ano. A pandemia de Covid-19 retardou o início das aulas, apesar de as obras terem sido concluídas em junho de 2020. Atualmente o número de matriculados é reduzido em razão dos cuidados necessários com a transmissão da covid-19, mas o espaço possui capacidade para atender 244 crianças de quatro meses até cinco anos de idade.

“Essa é uma iniciativa muito inovadora na área da Educação”

(Foto: Divulgação)

À Prefeitura de Lajeado, cabe a manutenção predial e dos equipamentos públicos.A gerência dos recursos humanos é responsabilidade da Fuvates, que  também é responsável por desenvolver as atividades de ensino. Estudantes da Univates, dessa forma, poderão realizar pesquisas e estágios no local, assim como projetos e ações que tenham como objetivo desenvolver as práticas pedagógicas da Emei por meio de ações de ensino, pesquisa e extensão da Universidade.

A professora doutora Morgana Domênica Hattge é pedagoga e, na Univates, coordena as atividades da Emei. A despeito de escolas infantis que trabalham com linhas teóricas específicas, como por exemplo, a Montessoriana e a Waldorf, a Univates, em conjunto com a Prefeitura, tem a proposta de, ao contrário de assumir um modelo específico, buscar inspiração em diferentes linhas teóricas de modo a construir uma proposta autoral, que atenda os anseios dessa comunidade em sua singularidade. “Essa parceria é uma iniciativa muito inovadora na área da Educação. Nossa ideia, com a construção do Projeto Político-Pedagógico, é que possamos estudar com o grupo escolar as principais vertentes e aproximar nossas práticas daquilo que faz mais sentido para a comunidade do bairro Santo Antônio em cada uma das abordagens”.

Na avaliação da professora Morgana, o município já atua de forma muito competente na rede pública de educação. “Queremos dar um passo a mais nessa qualificação. O grande ganho para nós, enquanto instituição de ensino superior, é poder aproximar do espaço da escola a pesquisa que se faz nas áreas do Ensino, da Psicologia, das relações humanas”. A doutora observa que, no campo profissional especializado de áreas como a da Pedagogia, existem críticas à certa dissonância entre a educação infantil e a educação superior que forma os profissionais para atuação nos espaços escolares. “Queremos derrubar essas barreiras e ir além. Vamos aproximar do cotidiano da escola áreas como a da Saúde, por exemplo, e os nossos projetos de extensão e de pesquisa – que muito podem nos ajudar”. Os benefícios para a comunidade escolar – as crianças e a família, especialmente – residem, dessa forma, na criação de uma rede multidisciplinar preparada para contribuir com a formação das crianças nas diferentes etapas de seu desenvolvimento.

Em razão da pandemia, a escola atende um número restrito de estudantes. Novos professores estão sendo integrados aos poucos. Com o tempo, a ideia é que a parceria possa ser ampliada dentro da Universidade com outras iniciativas que tenham a escola como foco, e com a Prefeitura, para gestão em outros locais. Aos coordenadores dos cursos de graduação e dos projetos de pesquisa e extensão da Univates interessados em contribuir com o projeto a professora Morgana permanece à disposição.

O que diz o município

A secretária de Educação do município, Vera Lucia Plein, diz que a parceria representa uma nova forma de trabalho. “Acredito em parcerias e essa em especial apresenta diversos benefícios, considerando o contexto da universidade inserida na base do processo educacional. Ao mesmo tempo em que oferece o aporte teórico constante e renovado, dispõe da possibilidade de ver as teorias colocadas em prática”.

Vera observa que, por meio da parceria, a comunidade conta com o atendimento em um local seguro, planejado e com profissionais comprometidos com o desenvolvimento das crianças. “Acredito que a iniciativa tem tudo para dar certo. Há o esforço coletivo para que tudo saia da melhor forma, com as adequações necessárias para que o trabalho transcorra com tranquilidade para todos os envolvidos, resultando em mais qualidade para as crianças e a comunidade”, finaliza.

A Fuvates na escola

(Foto: Divulgação/Kemily Monçani)

A professora da Univates e supervisora da Emei, Daniela Regina Kraemer, comenta que os primeiros meses foram de adaptação. “A recepção das famílias foi bastante calorosa e cheia de curiosidade para saber como o projeto acontecerá de fato”, revela a supervisora. “Os pais das crianças são comunicados no momento da matrícula que existe uma parceria entre a Prefeitura e a Fundação”, detalha. “Espera-se que em breve o cenário melhore, para que possamos povoar a escola, abrindo as portas a essa comunidade para que vejam de perto as atividades acontecendo com as crianças”.

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