Achatar a curva de contágios volta a ser o grande desafio da sociedade. Aquilo que se temia desde o início da pandemia começa a acontecer e exige a atenção máxima de autoridades e da população. Nunca o cenário esteve tão crítico e dependente do comprometimento de todos.
A curva ascendente de casos ativos e o alcance do teto da capacidade hospitalar regional acionam o alerta e mobilizam gestores a adotarem providências mais enérgicas. Em Lajeado, por exemplo, o município decreta o fechamento de estabelecimentos às 18 horas e fecha as portas do comércio neste fim de semana.
São estratégias extremas que consistem em tentativas de frear a circulação do vírus pela cidade. Pelo menos nesta e nas próximas semanas, quando o cenário tende a ficar ainda mais delicado.
Pela maneira como avança, o colapso do sistema de saúde é questão de tempo.
Ainda assim, os efeitos socioeconômicos da radicalização necessitam ser considerados, visto que podem ocasionar em falências, desemprego, aumento da miséria e da criminalidade. Interditar as atividades produtivas de forma generalizada pode, inclusive, não solucionar o problema.
Conforme posicionamento da Acil, cidadãos ocupados em estabelecimentos produtivos cumpridores dos protocolos de saúde estão mais distantes de contrair o vírus do que se não estivessem presencialmente neles. Urge uma fiscalização mais rigorosa, visto que os principais causadores dos picos de contágios parecem ser de fato as aglomerações desnecessárias.
De todo o modo, é preciso reconhecer a gravidade do contexto e a necessidade emergencial de reverter esse quadro dramático que assombra a comunidade.
O fato é que a pandemia saiu do controle nas últimas semanas e o Rio Grande do Sul como um todo vislumbra dias ainda mais difíceis. Enquanto o ritmo de vacinação da população não deslancha, o distanciamento social, uso de máscaras e higienização constante das mãos consistem nas únicas alternativas para se proteger.