Avanços importantes foram obtidos ontem em relação ao processo de vacinação no Brasil. A imunização da sociedade consiste na verdadeira luz no fim do túnel, uma vez que o país segue preso na pandemia.
Tanto para afastar o risco de colapso do Sistema de Saúde, o que já acontece em algumas localidades, como para atenuar a crise socioeconômica, o Brasil precisa urgentemente de um ritmo mais acelerado na distribuição das doses da vacina.
Um dos avanços foi obtido com a posição do Supremo Tribunal Federal (STF) para autorizar que estados e municípios comprem e distribuam vacinas contra a covid-19. Essa permissão valerá caso o governo federal não cumpra o Plano Nacional de Imunização ou caso as doses previstas no documento sejam insuficientes.
A ação movida pela Ordem dos Advogados do Brasil é de extrema relevância, pois diminui a dependência dos demais entes federados e tende a gerar mais agilidade no processo de vacinação.
Outra conquista foi o registro definitivo para a vacina da Pfizer, que abre a porta para mais um imunizante, já testado em outras localidades, entrar em território brasileiro. Embora ainda não haja acordo para a compra, o registro autoriza a importação pela rede privada.
Por fim, no Rio Grande do Sul, a Assembleia Legislativa aprovou projeto de lei que autoriza remanejamentos no Orçamento de 2021 para a possibilidade de compra de vacinas contra a covid-19. Encaminhada pelo Executivo no início do mês, a proposta foi aprovada por 53 votos a favor e nenhum contrário.
Acelerar a vacinação no país é a única perspectiva para superar as adversidades causadas pela pandemia. O Brasil convive há cerca de um ano com o vírus e a população já demonstra claros sinais de esgotamento no que diz respeito aos cuidados necessários.
A vacinação a conta-gotas, no entanto, além de provocar o relaxamento devido à ilusão de que a situação está controlada, facilita o surgimento das novas variantes do vírus, que se apresentam cada vez mais perigosas.
