O aumento expressivo nas internações hospitalares em todo o Estado interfere sobre os formatos de volta às aulas, em especial nas redes municipais. Nas maiores cidades da região, planos precisaram ser revistos, em especial naquelas com casos de contaminação, internações e até óbitos dentro da comunidade escolar.
Decreto publicado pelo governo estadual no início da manhã de terça-feira, 23, detalha o formato das aulas em regiões na bandeira preta. Pelo texto, as instituições de ensino podem iniciar as aulas presenciais à Educação Infantil e para os 1º e 2º anos do Ensino Fundamental.
A medida foi tomada considerando a dificuldade de efetiva alfabetização das crianças em aulas virtuais e o problema que os pais enfrentam por não ter com quem deixar os filhos quando saem para trabalhar.
Para os demais níveis de ensino, as atividades presenciais seguem proibidas em regiões com bandeira preta. Outra medida anunciada pelo governo é de que o setor da educação não pode entrar no sistema de cogestão regional.
Nas maiores cidades da região, as estratégias são distintas. Apenas Lajeado confirma o retorno do 1º e 2º ano do Fundamental para hoje. Nas demais, os governos pretendem seguir com os atendimentos para crianças de 2 até 5 anos.
Rede privada defende retorno
Para o presidente do Sindicato do Ensino Privado do RS (Sinepe), Bruno Eizerik, a flexibilização do Governo, permitindo as aulas presenciais, será importante para as crianças voltarem ao convívio escolar e para as famílias. “Nossas escolas estão preparadas para receber os estudantes, cumprindo rigorosamente todos os protocolos sanitários”, destaca o dirigente. Eizerik reconhece que o governador foi sensível às reivindicações do setor, mas entende que é preciso avançar com a liberação dos demais níveis de ensino.
Conforme a entidade, é preciso ressaltar que a abertura das escolas também depende de não haver proibição por parte do município, seja em cidades com bandeira preta ou vermelha.