Nova delegada quer ampliar a “sensação de segurança” no Vale

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Nova delegada quer ampliar a “sensação de segurança” no Vale

Shana Luft Hartz assumiu a delegacia regional na última quinta-feira, dia 18.

Nova delegada quer ampliar a “sensação de segurança” no Vale
Shana Luft Hartz assume como titular da 19ª Delegacia de Polícia Regional do Interior. Créditos: Bianca Mallmann
Vale do Taquari

O Vale do Taquari tem uma nova titular à frente da 19ª Delegacia de Polícia Regional do Interior. Quem ocupa o cargo é a delegada Shana Luft Hartz. Natural de Não-Me-Toque, ela substitui o delegado José Romaci Reis, que assumirá a Delegacia de Pronto Atendimento de Lajeado.

Shana iniciou sua carreira na segurança pública como delegada em Dom Pedrito, no ano de 2008. Depois foi para Pelotas e Porto Alegre, onde trabalhou em diversos distritos policiais.

Até o momento, a delegada atuava como diretora do Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV), em Porto Alegre. Essa unidade da Polícia Civil é responsável por lidar com casos que envolvem crianças e adolescentes, idosos e mulheres, e crimes motivados por questões de intolerância e preconceito.


Entrevista

• O que motivou você a iniciar carreira no setor da segurança pública?

Desde criança eu sempre tive muito forte em mim o senso de justiça. Fui uma criança que não deixava alguém fazer mal para os outros, que não deixava as pessoas machucarem os bichinhos. Quando cresci e resolvi fazer o curso de Direito, um leque de oportunidades de concursos se abriu. E eu queria fazer algo onde eu pudesse fazer a diferença. Eu nunca tinha trabalhado na área da segurança pública, até então estava no poder judiciário, atuando como assessora do desembargador. Quando entrei para a Polícia Civil, logo gostei da profissão. Ser delegada me agradou muito. Conseguir fazer aflorar aquele meu senso de justiça, do que é certo ou errado, de ir atrás do criminoso.

• Como se deu a decisão de você vir para Lajeado?

Eu sempre tive interesse de voltar ao interior. Sou do interior, fiquei um bom tempo na capital, mas tinha essa vontade de me mudar, principalmente por questões familiares. E Lajeado é uma cidade que sempre gostei, me atrai muito. Os lajeadenses podem ficar felizes, porque é uma cidade muito boa pra se morar. E a gestão apresentou a vontade de trocar de gestão. Foi quando a regional me foi oferecida. Agora quero morar aqui, fazer minha vida na cidade. A questão profissional acabou casando com a questão pessoal. Estou realizada.

• Quais foram as primeiras impressões da região?

A sensação de segurança aqui é muito presente. Tenho notado isso nas conversas que tenho com algumas pessoas. E muitas delas não sabem que eu faço parte da segurança pública. Isso é algo que precisamos manter e até aumentar. Porque quando as pessoas se sentem assim, é sinal de que o trabalho está sendo bem feito, de que os órgãos de segurança pública estão conseguindo dar uma resposta a altura para a população.

• Você está há dois dias à frente da regional. Quais são os próximos passos?

Vamos começar a partir da próxima semana uma série de reuniões de gestão com os delegados da região. Quero que eles me tragam, dentro das suas circunscrições, quais são os principais problemas, o que dá certo, o que dá errado… Assim vamos conseguir fazer um planejamento e traçar as melhores estratégias. Essa é a ideia inicial.

• Quais são as principais necessidades da região?

Por enquanto estou analisando gráficos. Esta é uma análise mais fria, de números e papelada. Mas os gráficos apontam que a gente precisa dar atenção especial para a questão do furto, roubo e tráfico. Essas são alguns assuntos pontuais que observo na análise das planilhas. Mas o trabalho feito até agora na regional é muito bom, estou muito feliz com o que vi quando cheguei aqui. Mas a gente sempre pode tentar fazer algo diferente.

• A sua experiência no DPGV pode influenciar suas ações na regional?

Agregamos experiências ao longo da vida, principalmente na vida profissional. E a questão do cuidado com os vulneráveis vai receber uma atenção especial em Lajeado. Vamos fazer um estudo para ver se temos demanda. Mas isso parte não só de se abrir um órgão policial que cuide desses casos, mas também de se realizar um atendimento mais qualificado. É um trabalho tanto de prevenção, quanto de repressão. Os resultados nessa área não são imediatos. Além de ser uma violência que muitas vezes é cometida dentro de casa, ela tem a tendência de ser subnotificada. Então precisamos incentivar a vítima a pedir ajuda. Precisamos mostrar que podemos e somos cases de prestar um atendimento adequado.

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