Estudo vai apontar cepas existentes no RS

Variantes

Estudo vai apontar cepas existentes no RS

Secretária de Saúde do RS descarta que novas cepas tenham sido trazidas por pacientes vindos de Manaus

Estudo vai apontar cepas existentes no RS
(Foto: Divulgação/Gustavo Mansur / Palácio Piratini)
Estado

As novas variantes do coronavírus preocupam cada vez mais. Para saber quais estão circulando no território gaúcho, o governo do estado realizou uma coleta pelas regiões e enviou os dados para Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), no Rio de Janeiro.

Em entrevista nesta sexta-feira, 19, ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, explicou que a variante P1 – mesma de Manaus – que vitimou um homem, de 88 anos em Gramado, em 10 de fevereiro, acendeu um alerta. “Gramado foi escolhida aleatoriamente para fazer essa identificação da cepa porque é um local que recebe muitos turistas, mas Porto Alegre já identificou também essa variante”, lembra.

Arita supõe que na região norte há também circulação dessa variante, no entanto, na região dos Vales ainda não é possível identificar a presença dessa cepa.

O material de amostras de pacientes de todo o RS foi encaminhado nesta semana e não há previsão para o envio dos resultados.

Relação com pacientes de Manaus

“Essas novas cepas não tem nenhuma relação com os pacientes de Manaus que vieram pra cá”. A afirmação é da secretária Arita que garante que a possibilita de relação é praticamente zero.

“O primeiro paciente com a variante é da área rural, nunca teve contato com ninguém de fora, não viajou e teve a P1, não há correlação e nexo”, comenta.

“O momento é de muita preocupação”

A secretária lembra que em julho e agosto de 2020 foi registrada uma onda forte de casos. “Passamos outubro e novembro com uma queda leve, dezembro chegamos a um novo pico e em janeiro conseguimos estabilizar com decréscimo de número de casos confirmados, internações e óbitos”, observa.

Agora, em fevereiro, o número de casos é “assustador” e com média/dia de confirmados aproximadamente de cinco mil. “A situação é bastante alarmante e nós precisamos, por mais que se abram leitos de UTI tem um limite que não é físico e nem de equipamentos, mas é o limite de equipe”, explica.

Arita pede que a população entenda que essa luta da covid-19 já dura um ano e é preciso que as pessoas sigam se cuidando. “Estamos em um momento de muita preocupação. Hoje [sexta-feira] batemos mil pacientes internados em UTIs no RS, marca que nunca tínhamos atingido.”

Ambulatório pós-covid

O governador Eduardo Leite deve anunciar, nas próximas semanas, uma nova política de incentivo aos hospitais do Rio Grande do Sul para hospitais disponibilizarem ambulatórios pós-covid.

Conforme Arita Bergmann o espaço deve dar suporte para pacientes que precisam a continuidade do tratamento da covid-19 devido as sequelas deixadas pela doença. “A proposta é que tenhamos um por macrorregião”, diz.

Ela explica que é preciso identificar hospitais, de grande porte, que tenham interesse em disponibilizar essa estrutura. Os detalhes desse novo projeto devem ser divulgados por Leite nos próximos dias.

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