Os números do coronavírus estado afora servem de alerta. De novo. As UTIs atingem suas ocupações máximas e os índices de contágios batem novos recordes. As informações que vêm das casas de saúde são – ao menos deveriam ser – suficientes para cada um de nós cumprir seu papel de responsabilidade e de empatia.
Estamos cansados e esgotados, ao ponto de afrouxarmos o cumprimento dos protocolos nas últimas semanas. A praia e as aglomerações por todo lado que o digam. Ali está justamente o lado perverso do vírus: quando parece que aliviou, ele sorrateira e silenciosamente se espalha com muita força. E desta feita, com um agravante em função das mutações e das novas cepas que têm sido encontradas também aqui no RS. Não é brincadeira. A nova variante parece ser ainda mais célere em relação às transmissões.
O alerta que se faz não é e não pode ser em vão. Infeliz e fatalmente, a propagação do vírus é muito mais rápida do que a distribuição e a aplicação das vacinas Brasil afora. Ninguém, em pensamento mais pessimista, imaginava em março de 2020 que teríamos de conviver com a pandemia até os dias de hoje. Pasmem, lá se vai quase um ano.
O lado bom – e no caso dessa pandemia, tem vários, e isso não significa ignorar a dor provocada pelas milhares de mortes – é que já aprendemos mais e melhor de como enfrentar e nos comportar diante da gravidade e dos altos índices de contágios. No ano passado, em épocas de hospitais lotados, buscamos no fechamento de escolas, de empresas e de comércio a solução para barrar as transmissões. Agora não.
Salvo movimentos isolados, não se fala em fechar as atividades econômicas e nem cercear nossas crianças e jovens de frequentar as salas de aulas, ainda que a rede pública estadual esteja um passo atrás. Cuidar de si e do outro é respeitar os protocolos e sobremaneira evitar aglomerações, pois afinal, o vírus é fá de uma “quermesse”.
Mas a empatia que nos é invocada neste momento não significa nos trancarmos em casa. Nem haveria de ser. Já aprendemos que isolados e cerceados do trabalho, os índices de depressão dispararam. A obesidade avançou a galope. Os distúrbios mentais se multiplicaram e o desemprego bateu à porta.
Cuidar de si e do outro é tomar sol, praticar atividade física. É trabalhar, estudar. É sorrir e perseguir momentos de felicidade e de satisfação pessoal. Cuidemo-nos, mas vida que segue, sem o pandemônio que nos foi imposto nos primeiros meses da pandemia.
Prédio da Polar resiste e brilha
A pintura de dois painéis de grande dimensão nas paredes do histórico prédio da Polar de Estrela, chama atenção de visitantes que frequentam a região da escadaria. Antes mesmo de ser concluída, a obra de arte pintada pelo artista plástico Sérgio Werle já atrai turistas e dá vida nova a um dos símbolos históricos e arquitetônicos do Vale do Taquari.
Que a obra de arte seja mais um motivo para que a discussão em torno da derrubada de parte daquela emblemática estrutura seja demovida da cabeça das autoridades que pretendem colocar abaixo a história viva dos estrelenses.
Um dos orgulhos econômicos e sociais do Vale do Taquari completou 65 anos nessa sexta-feira. Uma grande comemoração, 100% virtual, marcou o aniversário da Cooperativa Certel.
As raízes genuinamente locais sustentam um passado de altos e baixos, mas se firmam neste 65º ano de existência, como pilares sólidos para o futuro promissor que aguarda a cooperativa. A gestão comandada por Erineo Hennemann é um exemplo de arrojo, de perspicácia e de inovação. Além de inaugurar a primeira quadra pública com a fiação elétrica subterrânea e com carregador gratuito de carro elétrico, a Certel anunciou nesta semana a instalação do parque de energia eólica.
Ou seja, é a Cooperativa Certel liderando um protagonismo que a coloca em evidência estadual e nacional. Para nós, convém agradecer e parabenizar pelos 65 anos. Vida longa à nossa Certel.