O Internacional nunca esteve tão perto de conquistar o Campeonato Brasileiro por pontos corridos. A espera pela taça que não conquista desde 1979 pode chegar ao fim nesta semana. No domingo ou na quinta-feira. No entanto, ao mesmo tempo que estão tão perto do título, está a um jogo da derrota. O duelo com o Flamengo no fim de semana tem caráter de final de Copa do Mundo para o Colorado.
É assim que o Inter precisa encarar o jogo. É uma final. Um jogo de volta de mata-mata. E a vantagem está com o time de Abel Braga. Para ser campeão, o Colorado não pode perder para o Flamengo. Pode até empatar, mas não perder. E mais, a responsabilidade é toda do Flamengo.
É o Rubro-Negro quem mais precisa do resultado. Quem deve se atirar para cima do Inter, que precisa saber lidar com o adversário e controlar o ímpeto de um dos melhores times que o futebol brasileiro já viu. No papel, o clube carioca é muito superior ao gaúcho. Mas o papel não entra em campo.
Os ânimos precisarão ser controlados. Dos jogadores, da comissão técnica, e até da torcida. Não é uma partida qualquer. No domingo, quando a bola rolar às 16h, o estado irá parar. Colorados quem soltar o grito entalado na garganta há mais de 40 anos. Gremistas irão ligar o secador. Não há como ficar indiferente a uma partida dessas. O Maracanã será o centro do mundo no dia 21 de fevereiro.
O bilhão de Renato
É parte do serviço da imprensa checar as informações e não cair em qualquer papo citado em entrevistas. Com os técnicos de futebol, é ainda mais importante. Às vezes, o serviço não é feito.
Após a derrota para o São Paulo, no domingo, Renato Portaluppi, em uma das suas cortinas de fumaça, disse que o clube “arrecadou cerca de R$ 1 bilhão com vendas de jogadores” desde que ele assumiu como técnico, em setembro de 2016. O que não é verdade.
Renato, por sinal, é adepto de falar polêmicas em momentos convenientes. Como quando o Grêmio vai mal. Na quinta-feira, 18, o Tricolor anunciou a saída de Pepê, o que fez o valor ganho com vendas subir. Mesmo assim, está longe do que o técnico falou. Em cinco anos de Renato no Grêmio, o clube vendeu R$ 554 milhões em jogadores. Um ótimo número, por sinal, mas longe do R$ 1 bilhão.