Várias escolas privadas do Vale do Taquari iniciaram o ano letivo nesta quarta-feira, 17. O Colégio Teutônia foi um deles. O programa Frente e Verso da Rádio A Hora 102.9 conversou com o diretor da instituição, Jonas Rückert, que analisou a retomada das aulas e as expectativas para 2021.
Confira parte da entrevista:
- Qual a importância de voltar com as aulas presenciais?
A escola é um espaço onde a socialização acontece em todas as dimensões. A relação do estudante com o professor é altamente humanizadora. O papel da escola é central nessa conjuntura de sociedade que temos. Central porque envolvem as famílias que estão condicionadas ao trabalho profissional, ou seja, pais e mães que precisam do espaço escolar para que possam desenvolver suas atividades laborais e fazer com que a economia também tenha sucesso.
- Como ocorreu o processo de retomada das aulas?
O COI de Teutônia está entendendo todo o contexto da pandemia. Visitou a escola e verificou todos os ambientes. Estamos com condições de operar e fazer acontecer o cotidiano dentro dessa limitação. Retornamos com uma série de protocolos e observações, sabendo que em algum momento talvez teremos que parar. Se pararmos, iremos colocar um plano B em ação.
- Como analisa as mudanças feitas pelo Estado no que diz respeito ao espaço físico da sala e a inclusão de mais alunos?
Primeiro preciso registrar o protagonismo de Lajeado que está sendo de uma vanguarda extraordinária. Agora temos a possibilidade de manter o distanciamento de 1,5m e de quebrarmos a regra de que só 50% dos estudantes poderiam retornar. Nós como instituição transformamos nossos ginásios e o auditório central em salas de aula para que pudéssemos atender. O momento segue sendo pandêmico então necessita de todos os cuidados.
- De que maneira a escola está trabalhando as questões emocionais?
Nós precisamos criar um ambiente de corresponsabilidade onde um cuide do outro, onde um se comprometa pela atitude do outro. Então nós vamos olhar para essa dimensão com muito cuidado, fazendo a diferença de maneira em que valorizamos a vida e as coisas que são centrais. Isso está no relacionamento de gente para gente. A instituição precisa envolver profissionais da área da saúde que comecem a observar esses contextos que fazem parte de nossas vidas.
- Você observou se houve migração de alunos para as escolas municipais?
Não tivemos isso no Colégio Teutônia. As situações econômicas vinculadas às famílias, nós conversamos e reajustamos. Para nossa alegria, temos um incremento de 7% nas matrículas. Na Educação Infantil ainda não temos o mesmo número que tínhamos em fevereiro de 2020.
Ouça a entrevista de Jonas Rückert na íntegra:
